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E se a pandemia não tivesse vindo?



Há dias em que imagino o que eu estaria vivenciando, se não fossem todas as restrições e mudanças que trouxeram este tal COVID-19.

A correria do vai e vem do trabalho, das idas e voltas da escola e das atividades extras do meu filho, todas as infinitas burocracias da vida. Meus treinos esportivos, minhas escapadas raras para encontrar amigas e alguns projetos em andamento.

E a gente teve que parar de andar, ou pelo menos limitar as direções. E a perguntam e cerca há todo o momento: “o que eu estaria realizando, vivendo, conhecendo ou aprendendo, se não estivéssemos no meio desta pandemia?” Dá pra projetar muitos capítulos diferentes. Milhares! Quem eu me tornaria neste 2020, sem este inimigo invisível? Engraçado,que só consigo projetar ganhos e conquistas, mas nunca acontecimentos piores. Sim, eu já me frustrei, senti raiva e por alguns momentos me recolhi em minhas próprias decepções quanto ao ser humano e ao mundo. Não se alimente de “não fique assim!”, “não reclame à toa”, “você não tem motivos para se sentir assim!”, “você precisa estar atento as pessoas que ama a todo momento, então deixe estas bobagens para lá!”. E o marketing romantizado estoura aos nossos olhos e ouvidos: “nos tornaremos mais fortes! Temos a solução!Ajude as pessoas!


Vai passar!” Infelizmente, não dá! Vou precisar assumir minhas frustrações, intolerâncias e desesperanças, porque creio que mascarar será pior. Não serão todos os dias, que você verá o fim disso em uma imagem linda de pôr do sol com as pessoas e abraçando e vencendo todas as dificuldades construídas neste período. Financeiras, profissionais, emocionais, nas relações e nos lutos. Que talvez na maioria das vezes, você não consiga ter condições pessoais para olhar ou ajudar o outro, porque talvez quem precise disso seja você! E quer saber? Tá tudo bem, tá tudo bem se sentir assim. Meus pensamentos dos capítulos do amanhã, são pautados nas minhas frustrações de hoje, mas aqui com meus botões: Já pensou se ainda fosse pior, sem a pandemia por algum motivo?Então, gratidão! Um abraço,


Psicóloga Fabiana Witthoeft- CRP 08/08741

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