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VOLTA ÀS AULAS NA PANDEMIA


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O Governo do Estado do Paraná já sinalizou a data da volta às aulas na rede estadual de ensino, dia 18 de fevereiro. Com a decisão, vários debates começam a surgir, como por exemplo, se estamos aptos a voltar ao ritmo normal se nem ao menos vacinamos os professores do nosso Estado.


Quando ouvimos falar em volta às aulas, lembramos de crianças e adolescentes saindo diariamente de seus lares para frequentar seus colégios, desta forma, grande parte da população que estava buscando as medidas de controle com a pandemia acabam se expondo, temos professores e suas famílias, alunos e suas famílias, ônibus lotando cada vez mais, agora com alunos e uma exposição muito maior ao vírus.


Portanto, o que leva tal decisão visto que a pandemia sequer está minimamente controlada?

Crianças e adolescentes também podem morrer de covid-19 e se não ocorrer, levam o vírus para alguém que possa vir, uma vez que muitos se apresentam de forma assintomática. Outro detalhe, é que ainda se conhece pouco sobre a ação do vírus no corpo dos menores, eles são aqueles que menos se expuseram a pandemia no último ano, logo, ainda é cedo para afirmar se menores contraem coronavírus com pouca facilidade ou se não contraíram por se exporem menos.


Ainda é cedo para reabrir escolas. Por mais que a vacina já esteja ativa no Brasil, nenhum professor foi vacinado. Seguindo a ordem de vacinação ainda falta tempo para que estes sejam.


Desta forma iremos expor inúmeros profissionais da educação, antes mesmo que tenham contato com a imunização. Grande parte desses profissionais são do grupo de risco.


Se a vacina já está ativa e casos já estão sendo controlados em outras partes do mundo, como é o caso de Israel, que conseguiu diminuir em 60% a internação de idosos somente na primeira aplicação da vacina, por que não esperar a pandemia ganhar um controle maior, para assim avançar em tais pautas.


É preciso ter paciência, acreditar na ciência e colocar a saúde das pessoas em primeiro lugar.


Camilla Gonda, estudante de Direito PUCPR e Ciências Sociais UFPR.


*O artigo assinado, não representa necessariamente a opinião deste site

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