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VIOLÊNCIA POLÍTICA CONTRA MULHERES NO ANO DE 2020: DA AMEAÇA AO MEDO


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As eleições municipais de 2020 foram palco para o surgimento de muitas mulheres influentes na política, principalmente mulheres negras ganharam espaço. Entretanto, ainda tem um fator que assusta eleitas e eleitores: a violência política.


Casos de violência política estão se tornando cada vez mais evidentes no país. Segundo um estudo realizado pelas ONGs Terra e Direitos e Justiça Global, no período de 01 de janeiro de 2016 a 01 de setembro de 2020, foi possível registrar 327 casos de violência política. Essas violências vão de casos de assassinato, até tentativas de detenção de agentes políticos.


Por vezes nos deparamos com casos que ganham maior visibilidade, como é o caso da vereadora eleita no Rio de Janeiro, Marielle Franco, que nesta semana completou 1000 dias sem respostas do seu assassinato.


Nesta última semana, mulheres como Duda Salabert (vereadora transsexual eleita em Belo Horizonte), Ana Lucia Martins (vereadora eleita em Joinville), Suéllen Rosin (prefeita eleita em Bauru-SP) e Carol Dartora (primeira vereadora negra eleita em Curitiba-PR) foram alvos de ataques racistas e LGBTIfóbicos.


Pautado no discurso de ódio as mensagens foram disparadas via e-mail para essas mulheres e geraram um misto de pânico e medo do que vem pela frente.


É importante lembrar sobre a importância de se votar em mulheres, mas também é importante pontuar que depois de eleitas nós temos a obrigação, enquanto eleitores, de abraçar essas mulheres. Afinal, a vida política é um ambiente bem hostil pra quem se coloca como oposição.


Ontem (10/12) a Câmara de Deputados aprovou um projeto de lei que estabelece normas para combater e punir a violência política contra mulheres, inserindo novos dispositivos no Código Eleitoral e na Lei das Eleições.


O que esperamos é que os avanços e a conscientização de que espaço da mulher, também é na política, diminua cada vez mais os ataques por elas sofridos, aumentando assim nosso sentimento de pertencimento a uma democracia.


Camilla Gonda, estudante de direito PUCPR e ciências sociais UFPR, pesquisadora em Ciência Política.

*Os Artigos não representam necessariamente a opinião deste site

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