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Vereadores pedem retomada do Festival de Inverno de Curitiba em 2022

Indicação de ato administrativo ou de gestão aprovada pelo plenário será enviada à prefeitura como sugestão


Foto: Rodrigo Fonseca/CMC

Duas sugestões à Prefeitura de Curitiba apoiadas pela Frente Parlamentar da Retomada Econômica e Desenvolvimento do Turismo foram aprovadas, em votação simbólica, nesta segunda-feira (18), pelos vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC). Na primeira, Marcelo Fachinello (PSC), Jornalista Márcio Barros (PSD) e Alexandre Leprevost (Solidariedade) pedem a realização do Festival de Inverno de Curitiba em 2022.

“Será necessário que o Poder Público promova esse tipo de iniciativa, para fomentar a retomada do turismo, planejando e divulgando com antecedência. Da nossa parte, poderíamos planejar uma emenda coletiva para a divulgação do festival”, antecipou Fachinello. “Mas deve ser feito com antecedência, para que Curitiba não fique atrás de Gramado [RS], de Campos do Jordão [SP]. Estamos trabalhando nesse sentido, para Curitiba ter o maior festival de inverno do Brasil”, concordou Leprevost.

Para Márcio Barros, como Curitiba não tem atrativos naturais, o caminho para a cidade promover a retomada econômica é a realização de eventos especiais. É nesse sentido que o trio de vereadores apresentou a segunda indicação, na qual solicitam a liberação, pelo Executivo, de eventos-teste de grande porte. “Estamos no quarto estado com a vacinação mais adiantada do Brasil, mas outros [estados menos avançados na imunização] já fazem e planejam eventos-teste. Curitiba tem um potencial enorme para shows, encontros religiosos, congressos. E os números [da pandemia] só vão melhorar”, ponderou. Pobreza menstrual e hino nas escolas O pedido de Dalton Borba (PDT) para que a Prefeitura de Curitiba inclua como meta, no Plano Municipal de Saúde, a erradicação da pobreza menstrual, gerou discussão em plenário depois de Eder Borges chamar a pauta de “bizarrice”. “Eu gostaria que o vereador verificasse o seu lugar de fala, pois se menstruasse talvez pensasse diferente e não estivesse ‘fechado com Bolsonaro’”, rebateu Borba. Para o autor, a medida é importante para que haja a produção de relatórios sobre as ações desenvolvidas pelo Executivo na área. “Pobreza menstrual é mais uma bizarrice inventada pela esquerda. É até um contrassenso, por ser um pessoal que se diz preocupado com questões ecológicas, e querem distribuir absorventes para a população, [um produto] que leva anos para se degradar, enquanto absorventes de pano seriam muito mais ecológicos”, tinha dito Borges, depois criticando quem se opôs ao veto do presidente Jair Bolsonaro a projeto de lei que tratava da distribuição gratuita de absorventes a mulheres em condição de vulnerabilidade social.

“A gente precisa começar a respeitar os demais [vereadores]. Quando eu não concordo com alguém, eu não desrespeito chamando os projetos de ‘bizarros’. Quando não se conhece um tema, há que se estudar primeiro, para depois se manifestar, senão a prova será de ignorância”, reagiu Maria Leticia (PV). “A saúde menstrual, e daí a pobreza menstrual, vai muito além do absorvente. É preciso que se discuta o assunto numa transversalidade, porque a pobreza menstrual diz respeito também à falta de saneamento básico e à falta de oportunidade de educação. As mulheres vão se privar da oportunidade de estudar”.

Antes disso, Eder Borges fez parte de outra discussão na segunda parte da Ordem do Dia. Foi na votação de indicação de autoria do próprio vereador, na qual ele pede que a Prefeitura de Curitiba cumpra a lei municipal 15.404/2019, sobre o entoamento do hino nacional nas escolas e o hasteamento das bandeiras oficiais. “Eu percebo que isso vem se perdendo. É importante trabalharmos o civismo. Trazer de volta o amor à patria, a disciplina e o civismo”, defendeu, recebendo o apoio da Sargento Tânia Guerreiro (PSL). Só que para Renato Freitas (PT) a medida seria um equívoco, pois “cantar de forma enfileirada o hino nacional, em frente a uma bandeira, é uma ação que exige pouca reflexão”.

“Não queremos uma escola em que crianças cantem o hino sem entendê-lo. O conhecimento não se dá na hierarquia militar, onde quem obedece ordens não precisa entendê-las. Devemos valorizar uma educação que inverta essa lógica”, disse o vereador. Em resposta, Borges apontou que Freitas “grava vídeos com a bandeira do MST”, que considera serem terroristas.

Indicações ao Executivo Hoje os vereadores também aprovaram indicações pedindo que bares e restaurante possam aumentar de 50% para 70% a lotação máxima dos estabelecimentos, requisitando que Camerata Antiqua de Curitiba seja declarada patrimônio cultural da cidade e sugerindo que, no apoio aos atletas apoiados pela prefeitura, esteja prevista também a formalização de parcerias com a rede privada para um programa de prevenção e recuperação de lesões. “Um atleta com lesão que não for tratada pode abreviar uma carreira promissora”, explicou Marcelo Fachinello, autor da proposta. Também serão encaminhadas à Prefeitura de Curitiba solicitações para que haja efetivo da Guarda Municipal no Terminal Guadalupe todas as horas do dia, a favor da integração das linha de ônibus que chegam até a estação-tubo UTFPR, pela padronização dos serviços públicos e horários das Ruas da Cidadania. Por iniciativa de Indiara Barbosa (Novo), passou pelo plenário uma indicação cobrando mais planejamento do Executivo, para que reduza o número de dispensas de licitação.

Houve também pedido à CMC, para que o Legislativo verifique a possibilidade de abrigar um posto avançado da Defensoria Pública do Paraná. Para o Executivo, Amália Tortato sugeriu que a linha de ônibus Barreirinha/Guadalupe (256) seja estendida até o tubo Rodoferroviária em frente a praça Baden Powel ,permitindo a integração com as linhas 304 e houve também sugestão de mais divulgação dos serviços de saúde mental, da reorganização do tráfego na Rua Mateus Leme e da implantação de uma rampa para cadeirantes na estação-tubo da Praça do Expedicionário. Apesar de não serem impositivas, as indicações aprovadas na CMC são uma das principais formas de pressão do Legislativo sobre a Prefeitura de Curitiba, pois são manifestações oficiais dos representantes eleitos pela população para representá-los e submetidas ao plenário. Por se tratar de votação simbólica, não há relação nominal de quem apoiou, ou não, a medida – a não ser os registros verbais durante o debate.

Fonte: PMC

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