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Mesmo com a pandemia e a redução da circulação de pessoas, o vandalismo cresceu no primeiro trimestre de 2021 em terminais, estações-tubo e pontos de ônibus em Curitiba.
Levantamento da Urbanização de Curitiba (Urbs) mostra que os prejuízos causados por depredação e furto em terminais, estações-tubo e gradis somaram R$ 323 mil nos primeiros três meses do ano, 35% mais do que o registrado no mesmo período de 2020 (R$ 239,2 mil).
Os valores referem-se aos gastos com conserto, substituição e manutenção realizados após as ocorrências. Foram 1.481 casos de vandalismo e furto no primeiro trimestre, 38% mais do que no mesmo período do ano passado (1.072).
As depredações ocorrem principalmente em banheiros dos terminais, com danos e destruição de pias, vasos sanitários e válvulas. Mas a pichação de paredes e quebra de vidros em estações-tubo também são comuns.
Os pontos de ônibus metálicos, administrados pela Clear Channel, também foram alvo do aumento do vandalismo nesse início de ano. Segundo a empresa, o prejuízo somou R$ 839,3 mil, contra R$ 559,4 mil gastos no primeiro trimestre de 2020 – uma alta de 33%. Os valores incluem ainda os danos causados a estruturas de publicidade, placas e lixeiras.
Os principais focos de vandalismo nos pontos de ônibus são os vidros, comprometendo muitas vezes o abrigo e o teto das estruturas. Já no caso do furto, o alvo dos ladrões é o alumínio presente nas estruturas.
Danos
O transporte coletivo da capital conta com 22 terminais, 331 estações-tubo e mais de dois mil pontos metálicos. Com a pandemia, o número de usuários do transporte coletivo teve uma queda superior a 50%, passando de 734 mil passageiros/dia antes da covid-19 para 350 mil nos dias atuais.
Em 2020, o vandalismo provocou um prejuízo de R$ 1 milhão para a Prefeitura de Curitiba, 5% mais do que em 2019. Em junho do ano passado, durante uma manifestação no centro da cidade, foram danificados, em pouco mais de uma hora, sete pontos e duas estações-tubo.
Em 2021, contudo, a ação dos vândalos cresceu. Na Rua Brasílio Itiberê, no bairro Rebouças, três pontos de ônibus foram vandalizados recentemente e ficaram sem o teto. Em março, duas pessoas tentaram levar toda a estrutura de um ponto de ônibus na Alameda Dr. Muricy, no Centro.
Equipes A Urbs mantém equipes própria e terceirizada para atender demandas provocadas pelo vandalismo, percorrendo os terminais diariamente para fazer a vistoria e apontar falhas. Esse reforço tem ajudado a reduzir o tempo de resolução dos problemas e o desconforto dos usuários do sistema. O tempo médio de reparo hoje é inferior a 24 horas (22 horas). As denúncias também têm papel importante no combate ao vandalismo, tanto via 153 (Guarda Municipal), quanto no local vandalizado, com o contato com os seguranças do terminal e a fiscalização.
Fonte: PMC
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