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Vamos visitar o cemitério?

E hoje, você, Jornal do Juvevê e Clarissa Grassi vamos visitar o Cemitério São Francisco de Paula. Nos acompanha nesse passeio?


Foto: PMC

“Sou formada em Relações Públicas, pesquiso cemitérios há 18 anos, com mais afinco as pesquisas do cemitério São Francisco de Paula. E foi através desse olhar apaixonado que eu decidi transformar a arte tumular em um veículo numa forma de tentar sensibilizar as pessoas.

Pesquisando o cemitério São Francisco de Paula comecei a ter contato com a história de Curitiba e seus personagens e em 2011 iniciei as visitas guiadas.


Nos anos de 2011 e 2012 foi feito um trabalho na corrente cultural e 2013 já começou a ter o apoio da Prefeitura, com o passar do tempo foi aumentando a periodicidade dessas visitas até que elas se tornaram mensais e hoje, depois de 10 anos da primeira visita já contamos com um público de mais de 10 mil visitantes. Essas visitas são divididas em três tipos: padrão (visita mais geral, dá uma “pincelada” sobre a história de Curitiba), visita guiadas temáticas, que são realizadas uma vez por mês e cada uma delas traz um tema em especifico (mulheres pioneiras, empresários, música, artistas visuais, Revolução Federalista etc...) e as visitas noturnas, que também pode ser temáticas.


“EXISTEM EM OUTRAS CIDADES VISITAS QUE SÃO REALIZADAS EM CEMITÉRIOS, MAS AS VISITAS TEMÁTICAS É UM PIONEIRISMO AQUI EM CURITIBA.” Clarissa Grassi


Desde que a Pandemia começou, as visitas foram suspensas, devido a proibição das aglomerações, mas a ideia é que elas sejam retomadas até o final do ano.

Aqui no cemitério São Francisco de Paula temos inúmeras personalidades: Ermelino Augustinho de Leão Junior, Maria Bueno, Barão do Cerro Azul, Miguel Bakun, Nhô Belarmino e Nhá Gabriela, Ivo Rodrigues (Banda Blindagem), enfim, é uma gama muito grande de nomes famosos das mais diversas áreas.


Como ninguém nunca voltou para contar como é do outro lado, existem essas questões das lendas, histórias de assombrações, eu particularmente não acredito, só digo que a maioria das lendas sobre cemitérios são as mesmas em quase todas as Capitais do Brasil. Por ser um lugar que representa um mistério, acaba incentivando essa visão fantasiosa.


Lancei em, 2006 o livro “Um olhar arte no silencio”, que foi o início das pesquisas, com 54 esculturas, fotografadas em seus detalhes e descontextualizadas dos túmulos, para que as pessoas pudessem enxergar a beleza que existe nas esculturas e entender um pouco da sua simbologia sem necessariamente ter de ver o tumulo como um todo e carregar o olhar na questão de ser um tema ligado a morte. Em 2014 lancei o guia de visitação ao cemitério Municipal São Francisco de Paula, onde tem 99 personalidades que foram biográficas, seus túmulos pesquisados, onde envolveu história, arquitetura, geologia, sociologia, com 10 trajetos temáticos: políticos, ritos e fé, arte tumular, empresários etc...


Em 2016 lancei o livro “Memento Mortuorum” inventariamento em vista ao tombamento do cemitério.


“O CEMITÉRIO SÃO FRANCISCO DE PAULA FOI FUNDADO EM 1º DE DEZEMBRO DE 1854 E É O MAIS ANTIGO DA NOSSA CIDADE.” Clarissa Grassi


Os livros “Memento Mortuorum” e “O Guia de visitação” tem a ver com a dissertação de Mestrado que eu fiz dentro da sociologia da imagem. Fazendo um paralelo entre a cidade dos mortos e a cidade de Curitiba, como podemos ver Curitiba refletida no cemitério.


Redação




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