Uma singela homenagem ao Padre Ari
- Jornal do Juvevê
- 10 de abr. de 2021
- 5 min de leitura
Padre Ari Soga: Uma pessoa que dedicou sua vida a Deus e ao próximo. Deixando muitas saudades e boas lembranças.

1944-2021

Padre Clovis
“Padre Ari nasceu em 1º de março de 1944, na Comunidade da Linha Julieta em Farroupilha (RS), filho de Amantigo Soga e Maria Leocadia Lain Soga.
Aos 10 anos de idade ingressou no Seminário Galileu Nicolini, em Pinto Bandeira (RS), passando pelos Seminários de Forqueta e Osasco, onde concluiu seus estudos de ensino médio, foi transferido para o Seminário de Colombo (PR) onde fez o noviciado, professando os primeiros votos religiosos no dia 3 de fevereiro de 1964.
Em 1980 foi transferido para a Comunidade de Santa Cecilia (SC), onde assumiu o serviço de Pároco, em 1983 foi designado para residir em Osasco (SP), no Seminário São Gabriel de Nossas Senhora das Dores, três anos depois volta para Santa Cecilia (SC), sendo Pároco até 1993. Ao final de 1993 foi transferido para assumir o Múnus de Pároco em Guaraituba, na Paróquia de Santa Teresinha de Lisieux.”
Biografia do Padre Ari, segundo Padre Clovis

Fernanda Renata Mendonça
“Pe. Ari José Soga, vou sentir muita saudade desse jeito tão acolhedor e carinhoso para com cada um de nossa comunidade da Paróquia Nosso Senhor Bom Jesus do Cabral. Acredito que todas as pessoas que o conheceram estejam se sentindo assim meio que “órfãs” desse nosso pastor. Não conheço nenhuma pessoa que não o amava. Ele nos recebia com seu forte abraço e sorriso sincero, repleto de palavras inspiradas pelo Espírito Santo para nos confortar. Jamais vou me esquecer da sua bênção em um dos meus carros, chorei mais que criança, foi muita emoção. Quero guardar na memória seu sorriso, seu abraço e a certeza de que está cuidando de nós junto de Deus Pai. Obrigada e até nosso reencontro, meu querido amigo!”
Fernanda Renata Mendonça

João Vitor-Roseli-Gonçalo-Padre Ari e Capucho
“Querido Amigo Pe.Ari, você foi repentinamente, não temos palavras para expressar nossa tristeza. Deixamos aqui nossa admiração, O padre: Homilia impecável. O Amigo: fiel, alegre, preocupado e repleto de uma simplicidade sem igual. Temos a certeza que Deus já o abraça carinhosamente.
Já com muita saudade....o nosso abraço.”
Roseli, Gonçalo e João Vitor

“Lembro muto bem do meu amigo Padre Ari comentando que amava celebrar a Páscoa. Lembro dele contando como surgiu sua vocação sacerdotal.
Um dia, ao visitar o Seminário Passionista na sua região no Rio Grande do Sul, voltou para casa com vontade de ficar. Tinha 9 anos de idade, mas isto não foi empecilho para pegar a sua malinha e com o consentimento da família foi caminhando um bom pedaço de estrada até o Seminário. Lá chegando foi recebido pelo Superior da casa e apresentou-se a ele, afirmando que queria viver também, o carisma de São Paulo da Cruz: dar a vida por Jesus Crucificado e Ressuscitado... E assim viveu a sua vocação.
O nosso amigo tinha suas
peculiaridade. Uma delas, como gaúcho de quatro costados, era fanático pelo Grêmio ao ponto de usar por baixo das vestes litúrgicas a camisa do Seu time do coração... Ele era assim, apaixonado pela vida, acolhedor e fraterno com todos. Mas chegou o dia em que bradando em alta voz: "Eis o lenho da Cruz...," que o ar de seus pulmões chegou aos céus e Jesus também quiz tê-lo junto de si.
Sou só gratidão a Deus pela graça de partilhar a vida com o querido amigo e Sacerdote, Padre Ari José Soga!”
Celia Escorsim

Igreja Bom Jesus do Cabral
“Foi uma grande tristeza quando recebemos a notícia de que o Pe. Ari estava hospitalizado com covid. Um homem muito forte e que nunca ficava doente. Quem diria, a alta que ele recebeu foi a ALTA CELESTIAL! Como Pároco no Cabral, tratava a todos com igualdade e deixou muitas saudades, como suas homilias, sua voz, seus abraços, seus viveiros cheios de pássaros e seu time preferido: o GRÊMIO, era tudo azul, até suas camisetas, é impossível esquecer. Suas homilias eram tiradas do âmago, a voz independia do microfone, penetrava nosso interior nos fazendo meditar na Palavra de Deus.
Na Sexta-Feira Santa na Celebração da Meditação das 15h quando entrava com a CRUZ cantando “EIS O LENHO DA CRUZ”, a Igreja se enchia com o som de sua voz que ecoava em nossos corações.
Como paroquiana, posso dizer que foi um Pai, um irmão e um grande amigo, um verdadeiro PASTOR. Seu coração era enorme e sou muito grata por tê-lo tido em minha vida! Pe. Ari fez parte da minha família, me chamava de Zena, assim como meus irmãos, fez o casamento das minhas filhas e os batizados dos meus primeiros netos. Nas horas difíceis da minha história, ele me ajudou muito, ouvindo, aconselhando, ou apenas com o olhar me acalmava. Ele foi com certeza um anjo em nossas vidas!
Tenho guardado comigo uma fala dele numa homilia no dia de TODOS OS SANTOS, “SANTO não é aquele que não tem defeitos, mas sim aquele que vence todos os obstáculos”. E assim como ele, vamos lutar, pois todos nós em algum momento somos chamados à SANTIDADE.
SAUDADES vamos ter; mas como cristãos podemos dizer: até a eternidade!!!
Isso é apenas um breve adeus”
Zenaide Paladino Pascolato

“Tivemos por alguns anos, a alegria da presença do padre Ari, como nosso Pároco. Um pastor que na sua simplicidade transmitia em minutos, com poucas palavras, a mensagem do Evangelho, mas de grande consistência. Costumava dizer que de 5 a 10 minutos era o tempo certo!
Um homem transparente! Como gaúcho nato, trazia sua tradição no coração e com muito orgulho! Amava incondicionalmente a natureza em toda sua composição e sua alegria era estar agregado à ela, seja lidando com os passarinhos, pescando ou apenas contemplando!
Seu carisma era grande e com aquele sorriso e sua voz de trovão conquistava a todos!
Muito triste, saber que partiu tão cedo, mas certamente está na glória e nisso cremos! Somos viajantes!”
Francisca David João (Chica)

Joan Ceci Szezesniak
"Como não começar falando que o Padre Ari deixará saudades como poucas pessoas nesse mundo.
O sorriso do Padre Ari parecia entrar nos lugares antes dele, seguido de perto pela expressão “beeeennnça” pronunciado por aquele vozerão que todos conheceram. E esse era o nosso pastor, pastor que pedia a benção para seu rebanho, mas já em seguida saía abençoando e acolhendo a todos os que se aproximavam. Ser paroquiana do Padre foi uma experiencia maravilhosa e enriquecedora, ele estava sempre pronto a ajudar no que precisássemos ou dar uma palavra de ânimo ou incentivo, conselhos equilibrados e esclarecedores. Homem inteligente, humano, realista. Tudo isso ficava muito claro nas suas homilias, sempre tão especiais.
Obrigado Padre Ari, por todas as vezes que me ouviu, aconselhou, incentivou, apoiou, ensinou, o senhor fez muita diferença na minha vida. Obrigado por ter feito parte da minha história. Certeza que estou nessa caminhada muito devido ao senhor ter sido o pároco que me acolhei quando resolvi voltar para a Igreja. Nossa sentirei muitas saudades.
Não posso deixar de falar que como pastor e líder, ele delegava como poucos, pois demonstrava uma confiança grande nas pessoas, e deixava claro que sabia que conseguiríamos fazer qualquer coisa que precisávamos, e isso gerava muita motivação nas equipes. E o povo trabalhava e as coisas aconteciam.
Tenho certeza que o céu o recebeu com festa, e espero que um dia possamos no encontrar de novo na casa do Pai.
Beijo no seu coração Padre Ari! Descanse em paz!!"
Joan Ceci Szezesniak
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