UM FURAÇÃO CHAMADO PANDEMIA
- Jornal do Juvevê
- 6 de abr. de 2021
- 2 min de leitura
“Bárbara “tirou de letra” o problema da Pandemia no ano passado, mas esse ano, ela percebeu que sua filha mudou muito, depois que iniciaram as aulas presenciais, ela teve mudanças comportamentais, baixo rendimento nas aulas e tudo isso foi muito visível.” Comentou Melissa Cordeiro mãe de Barbara (15)

Foto: Iris Venske
Mau humor, irritação, fadiga e solidão, esses são alguns sentimentos dos jovens, fato normal na transição entre a vida infantil e adulta. Porém isso se acentua muito mais, quando esses mesmos jovens estão vivendo em uma Pandemia.
Iris Venzke (11) comentou: “As vezes sinto pânico, me pergunto quando essa pandemia vai acabar. Eu tenho ansiedade e com essa quarentena está aumentando mais.”

Foto: Marina Badur
Já Cintia Mancia Badur, mãe da Marina destacou: “Desde março de 2020 a Marina está tendo aulas on line. A socialização com os amigos faz bem, porém eu e meu marido achamos que não é o momento dela voltar para a escola.
O humor dela mudou, está tendo falta de atenção, mas nós três conversamos muito sobre esse problema (Pandemia).”
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) junto com a Universidade de Campinas e a Universidade Federal de Minas Gerais, entrevistou pela internet cerca de 9.470 jovens e a conclusão foi:
A solidão entre os jovens de 12 a 15 anos
As vezes (26,8%)
Na maioria das vezes (20,3%)
Sempre (9,1%)
A solidão entre os jovens de 16 a 17 anos
As vezes (30,5%)
Na maioria das vezes (26.6%)
Sempre (13,4%)
Ensino a distância
Falta de concentração (59%)
Falta de interação com os professores (38,3%)
Falta de interação com os amigos (31,3%)
Ausência de lugar silencioso e calmo para estudar (22,2)

Foto: Nicholas Silva
Marcia Silva, mãe do Nicholas de 8 anos declara: “Em casa está sendo difícil, principalmente para o Nicholas, o que eu posso ajudar eu ajudo, porém ele é uma criança hiperativa.”

Foto: Giancarlo e Jady Mello
Bianca Mello, mãe da Jady (8) e Giancarlo (12) está encarando a Pandemia de uma forma diferente. “Estamos super bem, ótimos em casa, os meus filhos ajudam e cada um tem uma atividade. Nós como família nos unimos mais e começamos a fazer coisas que não fazíamos.”
A Psicóloga Fabiana Witthoeft comenta:
“Há várias formas de comunicar este apoio e se mostrar aliado: diálogo formal ou informal, nas brincadeiras, nas leituras, nos gestos, nos olhares. Toda vez que comunicamos a valorização por sentimentos ou pensamentos indesejáveis, saímos cada um de nossas ilhas e nos unimos em uma só. Não desconsidere, desvalorize ou distraia os sinais da geração pandemia. Seja honesto e acolha. Seja ser humano, antes de pais.”

Foto: Pietra e Heros R. Farias
Os irmãos Heros e Pietra, também estão sofrendo com essa Pandemia, porém entendem a situação que todos estão passando.
“Apesar desta pandemia estar deixando muitas pessoas ansiosas, depressivas, até mesmo agressivas, estamos levando isso com cuidado, afinal a vida de todos nós mudou radicalmente.
Confesso que sentimos a falta das aulas presenciais, dos meus amigos e professores, porém somos do grupo de risco, temos problemas respiratórios, então esta oportunidade de estudar em casa, com segurança nos deixa bem.” Destaca Heros R. Farias (16) e Pietra R. Farias (10).
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