Antes de qualquer julgamento: minha intenção não é criticar quem participa de um reality show, nem tão pouco quem acompanha estes programas televisivos. Não tenho absolutamente,nada contra. Minha intenção é apenas utilizar deste exemplo, para se fazer refletir sobre nossas projeções do que desejamos ou de quem somos em universos alheios.
Tenho acompanhado nas entrelinhas, mergulhos cheios de interesse e esforços em frente a tela da televisão. Uma construção íntima em sentimentos de apreciação, raiva, incômodo e indignação. Identificações e aversões. Somos realmente apenas espectadores, quando quase que urgente, precisamos ver os próximos capítulos da rejeição, da ingenuidade, da ausência de autoaceitação, da crise de ansiedade? Por que necessariamente, precisamos acompanhar desfechos desta pessoa ou daquela situação, como se procurássemos respostas sobre as dores emocionais. Será que elas também seriam nossas? Será que seria mais fácil e mais confortável, acompanhar a própria dor naquele que nos identificamos? Talvez seja um momento propício de nos perguntarmos o que de nós, assistimos todas as noites. E o mais importante: damos a mesma atenção e olhamos criticamente da mesma maneira, para nós mesmos?
Bora torcer por você e pelo seu mundo real!
Psicóloga Fabiana Witthoeft- CRP 08/08741
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