Há algo que quando aparece aqui dentro, faço questão de atirar bem longe de mim. Algo que não é mensurável, compreendido e aceitável.
Em tempos de uma pandemia jamais prevista, a sensação de medo e impotência em relação ao que possa acometer ou chegar próximo de quem mais amamos, podem serem a construção de algo descrito como insuportável ou sem a mínima chance de continuarmos o nosso próprio caminho. Impraticável pensar na perda de um ente querido, porque aparentemente a perda trará a nossa própria desconexão com o mundo.
As desconexões com a própria vida são certas, pois os processos de lutos mais intensos estão relacionados aos vínculos afetivos mais estreitos.
O insuportável é real nos pensamentos, se torna próximo quando a situação é acometida, mas vai se evaporando com o passar do tempo. Se transformando em outras coisas e novas formas. E nos dá muitas respostas, sobre as nossas possibilidades de viver com a falta.
Exatamente assim: VIVER com a falta.
Um grande abraço, Psicóloga Fabiana Witthoeft- CRP 08/08741
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