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Skate no Brasil não é levado a sério?



Foi extraordinário acompanhar a primeira semana das Olimpíadas em Tokio, em especial vibrar com as disputas da modalidade Skate. O Brasil ficou em lugar de destaque nesta modalidade, o que gerou muito orgulho, é claro, e ao mesmo tempo surgiram diversas questões. Sobre o skate, em especial, é importante destacar que ainda é visto como uma atividade marginal no Brasil. O incentivo à modalidade esportiva é muito recente e pouco difundido no país. E de todo modo tivemos destaque com as/os atletas olímpicos: parabéns aos medalhistas de prata Rayssa Leal e Kelvin Hoefler! As notícias correm sobre as trajetórias de vidas desses atletas e provavelmente (assim esperamos!) uma fonte potente para disseminar projetos e políticas públicas de fomento ao esporte, além de projetos escolares locais de incentivo. O Skate é uma das formas em que as juventudes socializam, buscam reconhecimento, ocupam o espaço público que é de direito. A criminalização das atividades e dos espaços em que as juventudes estão presentes pode ser entendida como um reflexo de uma sociedade que está presa em seu passado sem olhar para o futuro. O skate é um esporte de rua, de espaço público e tem um papel importantíssimo na ressignificação dos espaços urbanos. O Skate, portanto, vai muito além de um esporte e, quando se dedica às competições oficiais, não significa que será domesticado.


Eloise Medice Colontonio

Meu email para contato, dúvidas e ideias: eloise.medice@gmail.com

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