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Rua Saint Hilaire

Inicia na Travessa Lange e termina na Avenida Água Verde

Foto: Wikipédia


Augustin François César Prouvençal de Saint-Hilaire nasceu na cidade francesa de Orleães na data de 4 de outubro de 1779.


Filho de um oficial da artilharia, Saint-Hilare desde pequeno manifestava vocação nata para o estudo das ciências naturais, mas por conta dos imperativos do país, entendido como a Revolução Francesa, Saint-Hilaire foi enviado para a Alemanha, onde conheceu o também botânico Karl Sigismund Kunth.


Estudioso pertenceu aos primeiros grupos de cientistas, vindos da Europa, para realizarem suas pesquisas e explorações no Brasil Colônia, durante os anos de 1816 e 1822.


Como resultado de suas expedições pelo território brasileiro, Auguste de Saint-Hilare reuniu mais de 30 mil amostras, sendo que eram 24 mil de espécimes de plantas e 6000 espécies de animais. Dessas 6000, eram 2000 aves, 16 000 insetos e 135 mamíferos, além de inúmeros répteis, peixes e moluscos. A maioria das espécies coletadas era descrita pela primeira vez na história em seus livros, por esse motivo seus cadernos de campo ficaram tão conhecidos.


Entre suas influências, destaca-se o nome do botânico sueco Carolus Linnaeus, autor do livro Systema Naturae, de 1735, que teoriza sobre uma classificação hierárquica das espécies, e também o nome do filósofo suíço Jean Jacques Rousseau, cujas vida e obra foram tema de uma monografia de Saint-Hilare. É também inspirado pelas lendárias viagens oceânicas, datadas entre 1768 e 1779, do capitão inglês James Cook, que inclusive visitou a cidade do Rio de Janeiro.


Avançando na carreira de botânico e naturalista, Auguste Saint-Hilare torna-se professor do Museu de História Natural de Paris e, por meio de seus contatos na época, soube da missão que o Conde de Luxemburgo, Charles Emmanuel Sigismund de Montmorency, na época embaixador da França junto a Portugal, promoveria para o Brasil, em 1816.


Auguste, com 37 anos, viajou pelo Brasil, , financiado pela França, tendo escrito importantes livros sobre os costumes e paisagens brasileiros do século XIX. O francês desembarcou no país na cidade do Rio de Janeiro em primeiro de junho daquele mesmo ano. Junto com ele e o conde de Luxemburgo, vinha um grande grupo de cientistas.


Durante os seis anos que viveu em meio a expedições, Saint-Hilaire percorreu inúmeros estados brasileiros, entre eles o Paraná.


Auguste retorna para seu país de origem, após um caso de envenenamento por mel de vespa, acontecimento este que abala seriamente seu sistema nervoso. Assim, volta em busca alívio e tranquilidade para o sul da França. E, ali, concentrou-se no estudo do acervo que coletou e trouxe do Brasil, publicando inúmeras obras de referência na área de botânica, como os três volumes da Flora brasiliae meridionalis até hoje revisitada. Pela sua obra, em 1834, tornou-se membro correspondente da Academia de Ci|ências da Prússia e também recebeu a Ordem Portuguesa de Cristo.


Faleceu aos 73 anos, na mesma cidade em que nasceu, Orleães.


Ainda hoje, passados mais de 200 anos desde Saint-Hilaire chegou ao Brasil, sua presença ainda é comemorada e seus estudos ainda são revisitados. No ano de 2016, foi realizado o I Seminário Franco-brasileiro Botânica e História, promovido pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro, cujo marco era o aniversário de sua chegada. No mesmo ano, o 24º Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil, que acontecia em Belo Horizonte, tinha-o como centro das discussões.


Fonte: Wikipédia

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