Inicia na Rua Flávio Dallegrave e termina na Rua Lodovico Geronazzo
Foto: Google
Ary Evangelista Barros nasceu na cidade mineira de Ubá em 7 de novembro de 1903. Filho do Depoutado Estadual e Promotor Público João Evangelista Barroso e Angelina de Resende.
Aos 6 anos, órfão de pai e mãe, Ary foi criado pela avó materna, Gabriela Augusta de Resende e sua tia, que lhe ensinou piano.
Realizou estudos curriculares na Escola Pública Guido Solero, Externato Mineiro do prof. Cícero Galindo, Ginásios: São José, Rio Branco, de Viçosa, de Leopoldina e de Cataguases.
Estudou teoria, Solfejo e piano com a tia Ritinha. Com doze anos já trabalhava como pianista auxiliar no Cinema Ideal, em Ubá. Aos treze anos trabalhou como caixeiro da loja "A Brasileira" e com quinze anos fez a primeira composição, um cateretê "De longe".
Em 1920, com o falecimento do tio Sabino Barroso, ex-ministro da Fazenda, recebeu uma herança de 40 contos (milhões de reis). Então, aos 17 anos mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar Direito, ali permanecendo sob a tutela do Dr. Carlos Peixoto.
Aprovado no vestibular, ingressa em 1921 na então Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A Faculdade seria importante na consolidação da veia artística, esportiva e política. Quando calouro, foram colegas de Faculdade mais chegados: Luís Galotti (jurista, dirigente esportivo e posteriormente ministro do STF), João Lira Filho (jurista e professor), Gastão Soares de Moura Filho (dirigente esportivo), João Martins de Oliveira, Nonato Cruz, Odilon de Azevedo (ator), Taques Horta e Anésio Frota Aguiar (jurista, político e escritor).
Adepto da boemia, é reprovado na Faculdade, abandonando os estudos no segundo ano. Suas economias exauriram o que o fez empregar-se como pianista no Cinema Íris, no Largo da Carioca e, mais tarde, na sala de espera do Teatro Carlos Gomes com a orquestra do maestro Sebastião Cirino. Tocou ainda em muitas outras orquestras.
Nos anos 1930, escreveu as primeiras composições para o teatro musicado carioca. Aquarela do Brasil teve a primeira audição na voz de Aracy Cortes e regravada diversas vezes no Brasil e no exterior.
A partir de 1943, manteve durante vários anos o programa A hora do calouro, na Rádio Cruzeiro do Sul do Rio de Janeiro, no qual revelou e incentivou novos talentos musicais.
Também trabalhou como locutor esportivo.
Autor de centenas de composições em estilos variados, como: Choro, Xote, Marcha, Foxtrote e Samba. Entre outras canções, compôs No tabueliro da Bahiana (1936) e Na baixa do Sapateiro (1938), Os Quindins de Yayá (1941), Boneca de Piche e Rio de Janeiro (1945), que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de melhor canção original.
Durante os a década de 1940 e 50 compôs vários dos sucessos consagrados por Carmem Miranda no cinema. Ao compor Aquarela do Brasil inaugurou o gênero samba exaltação.
No centenário do compositor Ary Barroso (2003), a Rede STV SESC SENAC foi a única a produzir um documentário especial de 60 minutos sobre a vida deste brasileiro único, intitulado "O Brasil Brasileiro de Ary Barroso", com depoimentos de Sérgio Cabral (biógrafo), Dalila Luciano, Carminha Mascarenhas, Carmélia Alves, Roberto Luna, e a filha de Ary Barroso, Mariúza . A direção foi de Dimas Oliveira Junior e produção de WeDo Comunicação.
Morreu no Rio de Janeiro, em 1964, de cirrose hepática decorrente do alcoolismo.
Fonte: Wikipédia
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