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QUARENTENA SEM VIOLÊNCIA

A CASA DA MULHER BRASILEIRA CONCENTRA SERVIÇOS DE DELEGACIA, VARAS ESPECIALIZADAS, MINISTÉRIO PÚBLICO, DEFENSORIA PÚBLICA, ATENDIMENTO MÉDICO, PSICOLÓGICO E SOCIAL

Foto: YouTube


Estamos há 3 meses em quarentena, sem sair de casa, saindo somente para o essencial, nos cuidando e cuidando do próximo. As saídas são somente para mercado, farmácias e necessidades primordiais, isso se não forem pessoas de risco, idosos ou enfermos.


Porém, antes dessa pandemia, tínhamos um hábito de vida, sair pela manhã, ir ao trabalho ou colégio, e somente voltar a noite e com essa mudança tivemos que trabalhar ou estudar em casa (home office).


Nessa hora inicia -se os problemas: a convivência, as brigas, as diferenças, os desentendimentos se sobressaem.


“A violência doméstica é uma violência muito complexa, muito difícil de ser combatida, em razão da nossa sociedade ser machista.


A vítima tem que identificar que se encontra em um relacionamento abusivo, procurar auxilio, seja na Delegacia, uma amiga, uma psicóloga, ou qualquer órgão da rede de proteção a mulher e romper esse ciclo de violência.


O primeiro sinal que ela se encontra em um relacionamento abusivo, há necessidade de rompimento e de afastamento da situação de violência que está vivendo.” afirma a delegada Emanuele Maria de Oliveira Siqueira, da Delegacia da Mulher.


Porém, existem vários tipos de violência:

-Abuso financeiro e econômico / Violência patrimonial Ato praticado por pais, responsáveis ou instituição que consiste na exploração imprópria ou ilegal e no uso não consentido de benefícios de prestação continuada recursos financeiros e patrimoniais, não custeando as necessidades básicas de crianças e adolescentes primordiais para o seu desenvolvimento saudável.


-Aliciamento sexual infantil on-line Você ou algum conhecido seu recebe ou recebeu mensagens no celular, e-mails, recados no Blog ou no site de relacionamento com convites para encontro, imagens de sexo ou conteúdos impróprios para sua idade? Isto pode ser uma tentativa de aliciamento, podendo resultar até mesmo em sequestro.


-Bullying [1] Prática de atos violentos, intencionais e repetidos, contra uma pessoa indefesa, que podem causar danos físicos e psicológicos às vítimas. O termo surgiu a partir do inglês "bully", palavra que significa tirano, brigão ou valentão, na tradução para o português. [2] No Brasil, o bullying é traduzido como o ato de bulir, tocar, bater, socar, zombar, tripudiar, ridicularizar, colocar apelidos humilhantes e etc. Essas são as práticas mais comuns do ato de praticar bullying. A violência é praticada por um ou mais indivíduos, com o objetivo de intimidar, humilhar ou agredir fisicamente a vítima. [3] Na escola: bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas.


Foto: YouTube


-Cyberbullying Ato de humilhar e ridicularizar por meio de comunidades, redes sociais, e-mails, torpedos, blogs e fotologs.


-Discriminação Distinção, segregação, prejuízo ou tratamento diferenciado de alguém por causa de características pessoais, raça/ etnia, gênero, crença, idade, origem social, entre outras.


-Negligência e Abandono [1] Abandono, descuido, desamparo, desresponsabilização e descompromisso do cuidado. Ato que não está necessariamente relacionado às dificuldades socioeconômicas dos responsáveis pela criança ou pelo adolescente. [2] Recusa ou omissão por parte de pais, responsáveis ou instituição em prover as necessidades físicas, de saúde, educacionais, higiênicas de seus filhos, ou de outrem que esteja sob sua guarda, poder ou autoridade, baseada, na rejeição, no descaso, na indiferença, no descompromisso, no desinteresse e na negação da existência do indivíduo.


-Tortura Atos intencionalmente praticados para causar lesões físicas, ou mentais, ou de ambas as naturezas com finalidade de obter determinada vantagem, informação, aplicar castigo, entre outros.


-Trabalho Infantil É todo o trabalho realizado por pessoas que tenham menos da idade mínima permitida para trabalhar. No Brasil, o trabalho não é permitido sob qualquer condição para crianças e adolescentes até 14 anos. Adolescentes entre 14 e 16 podem trabalhar, mas na condição de aprendizes. Dos 16 aos 18 anos, as atividades laborais são permitidas, desde que não aconteçam das 22h às 5h e não sejam insalubres ou perigosas.


Foto: YouTube


-Violência Física [1] Ato de agressão física que se traduz em marcas visíveis ou não. [2] Ato de violência intencional com impacto no corpo e na integridade física que se traduz em marcas visíveis como: lesões, ferimentos, fraturas, hematomas, mutilações ou mesmo morte.


-Violência Psicológica [1] Relação de poder com abuso da autoridade ou da ascendência sobre o outro, de forma inadequada e com excesso ou descaso. Coerção. [2] Ato deliberado de violência praticado por pais, responsáveis ou intuição exercida através de atitudes arbitrárias, agressões verbais, ameaças, humilhações, desvalorização, estigmatização, desqualificação, rejeição e isolamento, ocasionando imensuráveis danos emocionais e sofrimento psíquico.


DEPOIMENTO DE UMA SOBREVIVENTE

Como realmente acontece um relacionamento abusivo

Eu me chamo Viviane Milani Calisario, sou uma sobrevivente de um relacionamento abusivo e hoje posso falar sem me sentir mal.


Todos pensam que o cara chega gritando contigo, te batendo. Sabe como é de verdade?


Primeiro o cara te trata como uma rainha, você é única e especial na vida dele. Um dia ele chegou e pediu para não usar tal roupa, ele me trata tão bem porque não mudar a minha roupa né? Um dia ele fala daquela minha amiga, talvez ela não seja uma boa influência para mim, e ele me trata tão bem, porque não rever uma amizade? Um dia ele grita por uma coisa boba e diz que você o levou ao estresse, e ele me trata tão bem talvez seja minha culpa mesmo. Um dia ele te xinga de vagabunda e diz que quer ver você morta, mas logo ele chora e pede perdão. Será que novamente tirei ele do sério? Porque não perdoar? Um dia ele te bate, sim, ele te bate. Você fica sem chão, não pela dor física, mas porque você não entende o que você fez de errado para isso acontecer.


O que você fez? Porque você fez isso com ele, ele era um príncipe! Só que agora você virou a louca, a que não vai servir para ninguém, a que ninguém vai querer se ele te largar. Ele finalmente te destrói, te afasta de todos e você simplesmente não tem mais ninguém para te falar que a culpa é dele e não sua.


A última vez que apanhei foi no Dia das Mães, isso mesmo um dia que era para ser comemorado, porém achei que iria morrer, mas meus filhos pediram socorro.


E assim é um relacionamento abusivo! Pessoas que não passaram por isso e fazem comentários do tipo: "Se fosse comigo eu matava, eu fugiria" ou "Por que não denúncia? Por que continua?"


Parem! Vocês acham que alguém passa por isso porque é cômodo ou gosta? Parem de julgar quem passa por isso, porque não vemos saída nem perspectiva de vida, falta força e falta apoio! Ensinem seus filhos a respeitarem as mulheres e ensinem suas filhas a não esperarem um príncipe e não aceitarem tratamentos abusivos disfarçados de "amor".


Hoje eu sou uma nova mulher, sou universitária no curso de bacharelado em Educação Física e tenho um novo relacionamento. Então não se calem denuncie.

Arquivo pessoal de Viviane Milani Calisario


CUIDADOS NAS REDES SOCIAIS

Monica é uma moça tranquila, trabalhadora e muito pacata, em um certo momento ela começou a ser importunada nas redes sociais, teve que desativar todas elas, pois não aguentava mais as investidas de um sujeito, vamos chamá-lo de Clovis.

Essa perturbação foi porque ele queria namora-la e ela não aceitou, pois é noiva de outra pessoa.

Não satisfeito, Clóvis foi incomodar a sua amiga Margarete, indo ate o trabalho dela, ofendendo e falando barbaridades.

Monica e Margarete para resolver esse problema, bloquearam Clovis em todas as redes sociais. Monica entrou em contato com a família dele, para tomar as devidas providencias.

*Os nomes foram alterados


Foto: YouTube


GUARDEM ESSES NÚMEROS

180- Central de atendimento à Mulher

190-Policia Militar

100-Direitos Humanos

Casa da Mulher Brasileira

Avenida Parana´870

(41) 3221 2701 ou 3221 2710


Fonte: Redação

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