“Todos precisam entender que se a cidade não se precaver, mais pessoas morrerão. A curva de transmissão está ascendente e a situação se agravou.”
A Secretaria Municipal da Saúde aumentou neste sábado (13/6) o nível de alerta contra o coronavírus em Curitiba. A bandeira sinalizadora da situação da capital passou de amarelo (nível 1, alerta) para laranja (nível 2, de alerta médio), conforme estabelecido no Protocolo de Responsabilidade Social e Sanitária.
A medida decorre da expansão da transmissão do novo coronavírus na cidade, bem como do aumento de atendimentos na rede de saúde e de casos da doença.
Neste sábado, Curitiba chegou a 1.777 casos confirmados de covid-19, com 78 óbitos. A ocupação dos leitos de UTI por pacientes do novo coronavírus chegou a 74%, a maior desde o início da pandemia.
A secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak, lembra que até meados de maio a média diária de novos casos regitrada na capital era de 14. Neste sábado, passou para 59, depois de a quarta-feira ter registrado 220 novos casos.
Com isso, há recomendação de restrições maiores para circulação de pessoas e funcionamento de serviços na capital.
O descumprimento das medidas estabelecidas no Decreto 774/2020, publicado neste sábado, acarretará responsabilização administrativa, civil e penal dos infratores.
As medidas entram em vigor na segunda-feira (15/6).
“Estamos tomando as medidas para que essa pandemia não se agrave ainda mais em Curitiba. O poder público não pode se omitir”, disse Márcia Huçulak
Márcia reforça a necessidade de as pessoas evitarem aglomerações. "Não é hora de fazer festa nem visitas nem passear. É hora de ficar em casa", diz.
O decreto suspende o funcionamento das seguintes atividades:
Academias de práticas esportivas
Igrejas e tempos religiosos
Praças e parques públicos
Atividades de entretenimentos com u sem música (tais como festas, teatros, circo e atividades correlatas
Bares e atividades correlatas
Clubes sociais e esportivos
Outras atividades devem funcionar com restrição de horário:
Comércio de rua: atendimento ao público tem de ocorrer impreterivelmente entre 10h e 16h.
Shopping center: podem funcionar apenas de segunda a sexta-feira, entre 12h e 20h, devendo permanecer fechados nos fins de semana. Os serviços de alimentação que funcionem nos shoppings poderão operar entre 12h e 15h – fora desses horários, podem funcionar apenas com entrega (delivery)
Galerias e centros comerciais: funcionamento das 10h às 16h, de segunda a sexta-feira. Os serviços de alimentação que funcionem nos shoppings poderão operar entre 12h e 15h – fora desses horários, podem funcionar apenas com entrega (delivery)
Restaurantes e lanchonetes: das 11h às 15h, todos os dias da semana. Fora desse horário, podem funcionar apenas para entregas (delivery).
Escritórios em geral: podem funcionar seis horas por dia, exceto para atividades de home office (com horário definido pela própria empresa)
Lojas de material de construção: funcionamento das 10h às 16h, de segunda a sexta, e das 9h às 13h nos fins de semana.
Os seguintes serviços devem operar com no máximo de 50% de sua capacidade de operação:
Hotéis e pousadas
Callcenter e telemarketing (exceto os vinculados a serviços de saúde)
Drive in (com uma sessão de exibição por dia ou 3 horas de operação)
O decreto estabelece ainda que deverão ser consideras pelo operadores a suspensão das seguintes atividades:
Cabeleireiros, manicure, pedicure e outros serviços de cuidados com a beleza
Atividade de higiene de animais domésticos;
Serviços de alimentação de ambulantes;
Serviços imobiliários
Feiras de Artesanatos
Outras atividades não relacionadas nos artigos acima mencionados e não consideradas como essencias conforme o Decreto 470/20
Para todas as atividades as regras da Resolução 01 são obrigatórias.
A flexibilização dessas medidas fica condicionada à melhoria dos indicadores epidemiológicos e da rede de atendimento da cidade.
Fonte: PMC
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