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Pandemia no comércio

Segundo a Confederação Nacional do Comercio entre abril e junho de 2020 cerca de 135 mil lojas fecharam as portas. Os segmentos mais afetados foram de utilidade doméstica, vestuário, calçados e automóveis


Foto Google


Em 9 de fevereiro de 2020, trinta e quatro brasileiros que viviam na cidade chinesa de Wuhan, foram repatriados. Duas aeronaves da Força Aérea Brasileira, aterrissaram no Brasil com o grupo e eles ficaram em quarentena por 14 dias na Base Aérea de Anápoles em Goiás. A partir dessa data, já se passaram 7 meses e 210 dias.


No decorrer desses meses, a pandemia do novo Corona vírus já matou aproximadamente 118.000 mil pessoas no Brasil, 3.100 no Paraná e 950 em Curitiba. E quantas empresas já “morreram” com essa pandemia?


“É momento de rever conceitos. Procurar outras formas de vender e se comunicar. Os hábitos de consumo mudaram e vieram para ficar. As pessoas que começaram a trabalhar home office vão continuar a trabalhar, e isso muda todo o seu entorno.” Comenta o comerciante do Juvevê César Góes (Góes Joias e Relógios)


Segundo Pesquisa Pulso Empresa dos 2,8 milhões de empresas em funcionamento na segunda quinzena de junho, 62,4% informaram que a pandemia afetou negativamente suas atividades, enquanto para 22,5% o efeito foi pequeno ou inexistente e para 15,1% o efeito foi positivo. As empresas do setor de Serviços foram as que mais sentiram impactos negativos (65,5%), com destaque para o segmento de Serviços prestados às famílias (86,7%).


No Comércio, 64,1% relataram efeitos negativos e na Construção, 53,6%. No setor industrial, 48,7% das empresas destacaram impacto negativo, enquanto para 24,3% o efeito foi pequeno ou inexistente e para 27,0% o impacto nessa quinzena foi positivo.

(IBGE, Pesquisa Pulso Empresa, disponível em www.agenciadenoticias.ibge.gov.br)


Foto: Google


A feirante Helena Benato Pampuche comentou: “a pandemia afetou os sábados, que ficamos fechados, mas em contra partidas, nas outras feiras estamos tendo um movimento normal. Hoje, vários fregueses que são grupo de risco não vão mais a feira, porém, outros clientes estão vindo, trazendo listas de compras de parentes e amigos.”


Os efeitos negativos foram percebidos por 62,7% das empresas de pequeno porte, 46,3% das intermediárias e 50,5% das de grande porte.


Por regiões: Os efeitos seguiram negativos para 72% das empresas no Nordeste, 65% no Sudeste e 63% no Centro-Oeste. Já as regiões Norte e Sul apresentaram os maiores percentuais de empresas que declararam que os efeitos foram inexistentes (27,4% e 30,9%, respectivamente) ou positivos (24,5% e 15,2%) ao final da quinzena.

(IBGE, Pesquisa Pulso Empresa, disponível em www.agenciadenoticias.ibge.gov.br)


“A pandemia no meu comércio afetou muito por sermos autônomos e sem outra fonte de renda, tanto eu como meu esposo. Ficamos à deriva, pois só não fechei o meu estabelecimento pois consegui um acordo com o proprietário do imóvel em um desconto no valor do aluguel. Mas mesmo com o retorno das atividades está difícil, pois as clientes não estão voltando.

Graças a Deus consegui retornar com os devidos cuidados e seguindo as recomendações, mas sem pânico. Contas e aluguel em atraso. Os bancos dizem nos ajudar, mas na verdade só posteriorizam nossas dívidas com juros absurdos.” Comenta a comerciante do Juvevê Silvana Ribeiro Chagas (Silvana Chagas Estúdio de Beleza)

Foto: Google


A queda nas vendas ou serviços comercializados em decorrência da pandemia foi sentida por metade (50,7%) das empresas em funcionamento na segunda quinzena de junho. Já 27,6% disseram que o efeito foi pequeno ou inexistente e 21,4% afirmaram aumento nas vendas com a pandemia. A queda nas vendas foi sentida por 51,0% das companhias de pequeno porte, 39,1% das intermediárias e 32,8% das de grande porte. Nas empresas de maior porte, destaque para o percentual de 41,2% que relataram efeito pequeno ou inexistente.


Para os setores, a percepção de redução nas vendas foi sinalizada por 54,7% das empresas de Serviços, 51,3% de Construção, 48% do Comércio e 44,7% de Indústria. Por segmento, observa-se um maior percentual de empresas com redução nas vendas nos Serviços prestados às famílias, Comércio de veículos, peças e motocicletas (ambas com 66,2%) e outros serviços (69,8%).


Na segunda quinzena de junho, 46,3% das empresas em funcionamento não tiveram alteração significativa na sua capacidade de fabricar produtos ou atender clientes, 43,1% tiveram dificuldades e 10%, facilidades. Além disso, 50,9% não perceberam alteração significativa no acesso aos seus fornecedores e 40,9% tiveram dificuldades.

Mais da metade (52,9%) das empresas em funcionamento tiveram dificuldades em realizar pagamentos de rotina na segunda quinzena de junho, enquanto 40,6% consideraram que não houve alteração significativa.


Quanto ao pessoal ocupado, cerca de oito em cada dez empresas em funcionamento (78,6% ou 2,2 milhões) mantiveram o número de funcionários na segunda quinzena de junho em relação à quinzena anterior, 14,8% indicaram redução no quadro e 6,3% aumentaram o número de empregados.

(IBGE, Pesquisa Pulso Empresa, disponível em www.agenciadenoticias.ibge.gov.br)


Foto: Google


“A diminuição do movimento, foi em função do fechamento ou da proibição de eventos em geral , tal como casamentos, formaturas , aniversário de 15 anos e por aí vai, e as roupas de festas , que somos especializados em lavar e higienizar , por enquanto estão em desuso, afetando, todos os setores ligados, porém os cuidados de casa aumentaram , inclui-se, lavar tapetes , cortinas e roupas do dia a dia , Edredons ,cobertores , etc. compensando os serviços por enquanto não utilizados.” Declara o comerciante Marco Bizinelli (Lava roupa Todo Dia)

Já entre as 411 mil empresas que reduziram a quantidade de empregados, 61,8% diminuíram em até 25% seu pessoal. Independentemente do porte, atividade econômica ou localização geográfica, os maiores percentuais de redução ficaram no patamar de até 25% do pessoal.


Para atenuar os efeitos da pandemia, destacaram-se as ações de prevenção e manutenção de medidas extras de higiene, adotadas por cerca de 86,1% das empresas em funcionamento.


Além disso, 42,5% mantiveram o trabalho domiciliar (teletrabalho, trabalho remoto e trabalho à distância) e 28% anteciparam férias dos funcionários.


Já 33,5% das empresas alteraram o método de entrega de seus produtos ou serviços, enquanto 13,5% lançaram ou passaram a comercializar novos produtos e/ou serviços na segunda quinzena de junho.


Estima-se, ainda, que 43,9% das empresas adiaram o pagamento de impostos e 12,4% conseguiram uma linha de crédito emergencial para o pagamento da folha salarial dos funcionários.


Na adoção dessas medidas, cerca de 39,2% das empresas sentiram-se apoiadas pela autoridade governamental. Entre as que adiaram o pagamento de impostos, esse percentual foi de 70,4% e entre as que conseguiram linhas de crédito para o pagamento da folha salarial, 76,4%.


(IBGE, Pesquisa Pulso Empresa, disponível em www.agenciadenoticias.ibge.gov.br)


IMPACTO DA PANDEMIA

NO COMÉRCIO, SETORES DE SERVIÇOS.

“Por Decreto o comércio e estabelecimentos de serviços, tiveram que fechar suas portas, afim de evitarem aglomerações de funcionários e público, no controle da Pandemia.

Os prestadores de serviços em muitos setores puderam trabalhar em home office, mas em casa a tendência foi de consumir menos.

Esses fatos abalaram significativamente os empresários em geral, com menos vendas, menos prestações de serviços. E ainda muitos perderam totalmente suas fontes de renda.

Eu acredito que o ano de 2021, será um ano de retração.

Mas a grande preocupação foi o salário de seus funcionários.

Muitos tiveram que diversificar, criar, adaptar aos novos tempos.

Eu por minha própria experiência, posso dizer que também fui afetada, como todos.

Ainda afirmo que agradeço a Deus pois pude continuar trabalhando, sofri o impacto, mas em menor proporção. Agradeço também meus clientes que continuaram comprando minhas pizzas, porque sem eles eu nada seria.

Oro para que essa Pandemia passe e que todos nós possamos voltar a trabalhar, sustentar nossas famílias e ainda sermos um pouco melhor.

Tenho certeza que todos tiveram uma lição, muitos economizaram, muitos oraram e estamos vencendo.”

Bernadete Ferreira -Comerciante do Juvevê (Scopello Pizzaria)

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