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ONG,S QUE AJUDAM A REALIZAR SONHOS

Chesed – Pais por adoção e Grupo de apoio a Adoção consciente, são duas Ongs que encurtam o caminho de pais e crianças que querem doar e receber amor


História Chesed – Pais por adoção

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Ingrid Ewert Quagliato Mendes e sua família


Em 2013, conhecemos um grupo de cinco irmãos. A proposta inicial da Vara era uma adoção compartilhada, mas não tivemos coragem de separá-los. Éramos pais de 3 filhos e passamos a ser pais de 8. Durante o curso de habilitação, dentre muitas histórias, ouvimos algumas sobre devolução de crianças, e algumas devolvidas mais de uma vez. Isso muito nos incomodou, e reputamos aquilo como algo muito cruel. Deduzimos que alguém que se propusesse a adotar, jamais poderia ter esse tipo de atitude. Porém, a realidade é bem diferente. Na medida em que fomos convivendo com nossos novos filhos, percebemos que a vivência cotidiana é bem diferente do primeiro estágio romântico. O período de adaptação no relacionamento familiar é onerado por demandas trazidas por eles por conta dos danos da história pregressa, além do fato de que a família que agora os acolhe, também precisará de ajustes em várias instâncias, individuais e coletivos.


O primeiro ano foi muito difícil, adoeci fisicamente e emocionalmente. Procuramos ajuda para superarmos aquela fase de maneira menos conturbada, porém, não havia em Curitiba nenhum grupo de pós-adoção que nos trouxesse algum tipo de apoio. Nesse momento começamos a desenvolver um sentimento de que precisaríamos ajudar as famílias adotivas, tendo como objetivo maior, pelo menos inicialmente, diminuir ou até mesmo erradicar as devoluções dessas crianças, dado a gravidade da degradação emocional que as atinge tão frontalmente, trabalhando especialmente com os pais.


Fui procurada para conversar com pais que já falavam em desistir da paternidade. Sabíamos que uma única conversa não seria o suficiente. Essas famílias precisavam de um espaço onde pudessem abrir seus corações sem medo de serem julgadas, um lugar de acolhimento das dores da adoção. Ser acompanhadas durante a construção da nova constituição familiar é primordial para uma relação saudável entre todos os membros. Assim, em 2015 iniciamos o Chesed – Pais por adoção com rodas de conversas semanais numa sala cedida pela Clínica Reintegrar em Curitiba. Inicialmente éramos formados por uma psicopedagoga (Ane), uma psicóloga (Priscila), meu marido (Marcos) e eu. Atualmente temos uma equipe de voluntários que atuam em diferentes áreas visando sempre o bem estar das famílias.


Escolhemos o nome CHESED por ser uma palavra em hebraico que significa amor incondicional, de aliança, longânime... e é isso que precisamos para suportar as intempéries das relações familiares.


Somos um grupo de apoio a adoção filiados a ANGAAD (Associação de grupos de Apoio a Adoção). Nosso foco é atender as famílias constituídas pela adoção, mas que já estão com seus filhos. Apesar disso temos pretendentes que participam do grupo para poderem entender a realidade das famílias e seus desafios enquanto aguardam a chegada de seus filhos. Além do grupo de pais, temos também o grupo de filhos. Percebemos a necessidade das crianças e adolescentes conhecerem pessoas que vivenciam as mesmas condições e assim encontrar um espaço como seus pais, onde as experiências trocadas fortaleçam a todos.


Com o Covid passamos a fazer as rodas de conversa com os pais, todas as terças feiras em reuniões online das 19hs às 20hs e as crianças e adolescentes fazem todas as quintas feiras também a noite. Além desses encontros, desenvolvemos projetos sempre para atender as famílias e seus filhos. Temos parcerias com psicólogos e pedagogos através do projeto Zelo onde atendem a preços sociais.


Texto de Ingrid Ewert Quagliato Mendes

Contato Insta

@chesed.paisporadocao

@agorasomosdez



Grupo de apoio a Adoção consciente

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Adriana e seus dois Marcelo,s


“Pais preparados não devolvem seus filhos, pais preparados são pais mais conscientes dentro do processo.” Adriana Milczevsky Rendak-Presidente do Grupo de Apoio Adoção Consciente


O GRUPO DE APOIO A Adoção Consciente é uma organização que faz a preparação de pretendentes a pais por adoção. A ONG faz um trabalho em parceria com a Vara da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Paraná. Somos uma organização voluntaria, e preparamos os cursos, palestras e encontros que são obrigatórios dentro do processo jurídico para a adoção.


A ONG surgiu com o propósito de preparar os pais para adoção, pois pais preparados não devolvem seus filhos. Pais preparados são pais mais conscientes dentro do processo e também para incentivar a adoção legal, no sentido que tem o suporte da Justiça.


As pessoas que vem até a Ong são indicadas pela Vara da Infância de Curitiba, Região Metropolitana e de várias outras partes do Brasil porque nosso curso é todo online.


APLICATIVO A.DOT

Em 25 de maio de 2018 foi lançado o aplicativo A.DOT, no dia Nacional da Adoção.

Quando a Presidente da Ong Adriana Milczevsky Rendak estava em um Encontro Nacional de grupos de apoio à adoção, ela conheceu o Juiz Sergio Luiz Kreuz.


Ela expôs o seu sonho de gravar vídeos de crianças que estavam em instituições, para mostrar aos pretendentes a pais.


O A.DOT já realizou 26 adoções raras e um total de 400 crianças e 8 Tribunais de Justiça de todo o Brasil já adotaram o aplicativo A.DOT.


“Eu achava que não seria mãe. O meu relógio biológico não batia, não fazia a associação da maternidade com a gestação.


Sou jornalista e um dia entrevistei a fundadora da ONG que hoje sou presidente, Halia Pauliv, e aquela fala dela despertou a maternidade em mim. A partir daquele momento percebi que queria ser mãe de outra forma e foi uma escolha ter a gestação pela adoção.


Meu pai dizia que quando eu era criança, eu falava para ele que iria adotar os meus filhos, como também brincava com as minhas bonecas dizendo que elas eram adotadas.


"Sempre tive a curiosidade de saber com qual nome chegariam os meus filhos. Quando fui chamada para conhecer meu primeiro filho me perguntaram por telefone ainda se eu queria alguma informação da criança e eu disse que sim: o nome. Quando eu ouvi: Marcelo, tive certeza que era meu filho. Ele chegou com o nome do pai. Meu marido se chama Marcelo. Naquela hora eu disse para meu marido "Marcelo" é nosso código secreto com Deus. Ele nos diz: é de vocês e é por mim. Na segunda adoção, um ano e meio depois, chegamos na Vara da Infância e Juventude e fiz a mesma pergunta: já tem um nome? E para a minha surpresa, mais uma vez eu ouvi: sim, Marcelo. Sim, chorei. Mais uma vez Deus falava comigo", disse Adriana


Adriana Milczevsky Rendak-Presidente do Grupo de Apoio Adoção Consciente


Fonte: Redação

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