Nova Ferroeste
- Jornal do Juvevê
- 22 de jun. de 2021
- 3 min de leitura
A Nova Ferroeste é um projeto que visa a ampliação da Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A.. O novo traçado, com 1285 quilômetros, vai ligar os municípios de Maracaju (MS) e Paranaguá (PR). Quando a ferrovia estiver concluída, este será o segundo maior corredor de grãos e contêineres do País. Os estudos de demanda indicam que cerca de 26 milhões de toneladas de produtos devem circular nesse trecho por ano. Considerando o tráfego interno, a Nova Ferroeste deve alcançar 38 milhões de toneladas ano.

Foto: Alessandro Vieira
A Ferroeste
A Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A. é uma empresa de sociedade mista que em no Governo do Paraná seu maior acionista. A empresa detém a concessão de uma ferrovia entre Guarapuava e Dourados (MS), embora o trecho construído e em operação seja de 248 quilômetros entre Cascavel e Guarapuava. Todos os anos circulam por esse trecho cerca de 1,5 milhão de toneladas de produtos, a maioria grãos (soja, milho e trigo), farelo e contêineres com destino ao Porto de Paranaguá. No sentido importação, chegam insumos agrícolas como adubos, fertilizantes, cimento e combustíveis.
A Ferroeste possui em seus extremos os dois principais pátios: Cascavel, com o maior movimento e Guarapuava, onde há o encontro com a linha operada pela concessionária RUMO.
Revitalização e ampliação
Com a criação do projeto da Nova Ferroeste o traçado foi ampliado nas duas pontas, além do surgimento de um ramal entre Cascavel e Foz do Iguaçu. O projeto inclui a desestatização da atual Ferroeste e a revitalização do atual trecho ferroviário, além da construção de um novo traçado entre Guarapuava e Paranaguá e de um ramal multimodal entre Cascavel e Foz do Iguaçu.
Capacidade
A Nova Ferroeste vai passar por 49 municípios do Paraná e será o segundo maior corredor de exportação de grãos e contêineres do país em volume de carga, com valor estimado em 3% do PIB nacional.
Paraná, um Hub Logístico
Pelos trilhos do Corredor Oeste de Exportação, estima-se que devem passar cerca de 38 milhões de toneladas no primeiro ano de operação. Com investimentos sendo feitos no Porto de Paranágua, o eixo potencializa a redução dos custos de exportação – cerca de 28% - refletindo na elevação da produtividade e competitividade do setor produtivo.

Foto: Alessandro Vieira
Sustentabilidade
A Nova Ferroeste foi planejada levando em consideração os estudos de impacto ambiental e de viabilidade técnica. Com base nesses dados se desenhou o traçado levando em consideração a rota mais viável com base nos aspectos que englobam a sustentabilidade do projeto. A preocupação constante em mitigar os efeitos nas áreas de influência norteou os estudos na procura pela implementação do melhor trecho ferroviário. Desse modo, algumas ações têm sido tomadas: nenhuma comunidade indígena, quilombola ou unidade de conservação integral serão interceptadas pela ferrovia; redução da emissão de gases de efeito-estufa (um trem com 100 vagões substitui 357 caminhões); empreendimento elegível para a emissão de Títulos Verdes (Green Bonds); descida da Serra do Mar alinhada ao Plano de Desenvolvimento Sustentável do Litoral do Paraná (PDS Litoral 2035).
A intenção é colocar a ferrovia em leilão na Bolsa de Valores do Brasil (B3), com sede em São Paulo no primeiro trimestre de 2022. O consórcio que vencer a concorrência será responsável também pelas obras e poderá explorar a ferrovia por 60 anos. O investimento é estimado em R$ 25 bilhões.
Acesse o portal da Nova Ferroeste
Heloísa Vieira -AN
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