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MUNDO IN VERSO

Atualizado: 27 de ago. de 2021


Sou nativo

amamentado no caos

de um imaginário

doentio e coletivo...

Um tanto (in) definido

no itinerário do horário,

no tempo eterno

da jornada de trabalho...

Medido e avaliado

apenas por metas

em meio à selva

da sociedade de setas.

Sou, no entanto,

algum diferente;

nem diabo nem santo,

apenas semente...


Semente que aprende

observando tanta gente...

Gente que é tão diversa

e que não é a minha,

apesar da conversa.

Tudo que me expande,

tudo que me espanta,

carrego na memória

ou preso na garganta...

Neste mundo in verso

cada vez mais me fecho

em meu próprio universo,

onde por vezes sou mocinho

n’outras réu confesso.

Escrevo assim meu caminho,

na linha de cada verso...


(Igor Veiga / PERIGOR)

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