“É um processo que leva de 4 a 6 meses para as mulheres se organizarem, nesse período de pandemia esse prazo pode ser ainda maior”, declara a coordenadora da unidade Adriana Castro Lopes Doria
Na imagem, Adriana Castro Doria.Foto: Lucilia Guimarães/SMCS
Mulheres vítimas de violência acolhidas na Unidade de Acolhimento Institucional - Pousada de Maria ganharam, nesta quarta-feira (15/9), uma tarde de beleza. Segundo a coordenadora da unidade, Adriana Castro Lopes Doria, a mulher vítima de violência doméstica chega emocionalmente fragilizada para o acolhimento e com a autoestima baixa, muitas vezes necessitando de apoio e empoderamento.
Pensando nisso a Fundação de Ação Social (FAS) costuma fazer periodicamente ações para elevar a autoestima das mulheres acolhidas. Neste momento estão acolhidas 7 mulheres e seu filhos, no total 15 crianças. O tempo de permanência depende muito do histórico de violência.
A ação desta tarde foi realizada em parceria com a loja Páprika e voluntárias da área da beleza. Cintia Franco Rudolf da Silva é esteticista e recebeu o convite de uma cliente para se voluntariar. Ela conta que aceitou no ato e ainda convidou outras colegas de trabalho para também participarem.
Todas as mulheres acolhidas receberam um traje completo da loja Páprika, cuidado e embelezamento com limpeza de pele, design de sobrancelha, escova para modelagem dos cabelos, maquiagem e esmaltação.
Um novo olhar
Cristina (nome fictício) tem 22 anos e é uma das acolhidas na unidade, com dois filhos, um menino de 6 e uma menina de 4 anos, ela conta que essa foi a primeira vez que fez uma maquiagem com um profissional. Aproveitou para fazer as unhas, cortar e escovar os cabelos.
Ao se olhar no espelho ela declara sua emoção. “Eu me senti linda, maravilhosa”.
Ela está há 14 dias na unidade, mas apesar do curto período já sabe o que precisa para iniciar um novo caminho. “Vou me levantar e conquistar minha independência, quero fazer um curso de manicure e trabalhar na área da beleza”, revela Cristina.
Fonte: PMC
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