Emílio Mallet nasceu na cidade francesa de Dunquerque no diia 10 de junho de 1801, foi um militar que se tornou marechal-de-exército e Barão de Itapevi. Homem de grande porte físico, com 2,01 metros de altura e 120 quilos.
É considerado o patrono da Artilharia no Brasil e na data de seu aniversário é comemorada o Dia da Artilharia.
Mallet veio para o Brasil com a família quando contava dezessete anos, fixou-se na então capital do Império. No Rio de Janeiro, recebeu do Imperador Dom Pedro I – que estava reorganizando o Exército após a proclamação da Independência do Brasil –, convite para iniciar a carreira das Armas, na qual iria se consagrar como um dos maiores heróis de história militar brasileira.
Matriculou-se na Academia Real Militar do Império, assentando praça como primeiro cadete em 13 de novembro de 1822.
Como tenente e capitão, Mallet, em 1837, no decorrer da Revolução Farroupilha, foi convidado a servir sob as ordens do General Antônio Elisário de Miranda e Brito, na condição de comandante de uma Bateria a Cavalo.
Mais tarde, por decisão de Caxias, veio a ser Chefe de Estado-Maior de Bento Manuel Ribeiro. Após a assinatura da Paz de Ponche Verde, em 1º de março de 1845 , Mallet retornou a atividades pastoris em sua fazenda, em Bagé.
A reintegração definitiva de Mallet ao Exército Imperial ocorreu em 1851, quando foi convocado por Caxias para participar da campanha contra Manuel Oribe e Juan Manuel Rosas. Reiniciou-se, assim, sua brilhante trajetória profissional, durante a qual deu inúmeras mostras de ser um soldado de sangue frio, astuto e valente. Em todos os combates de que participou, fez-se respeitado pela tropa, pelos aliados e pelos inimigos.
Mallet combateu ainda na Campanha do Uruguai, da Tríplice Aliança. Nesta, à frente do primeiro regimento de artilharia a cavalo, teve participação fundamental na vitória de nossas tropas no Passo da Pátria, no Estero Bellaco e em Tuiuti.
Em Tuiuti, suas bocas-de-fogo foram batizadas “artilharia revólver”, tal a precisão e a rapidez de seus fogos. Ainda nessa batalha, a previsão e a criatividade do chefe militar assegurou importante vitória do Exército Imperial.
Em 20 de agosto de 1866, por ato de bravura em Tuiuti, ocorreu sua promoção ao posto de coronel.
Mallet foi, posteriormente, alçado à função de comandante da primeira brigada de artilharia e continuou apoiando as ações das forças aliadas nas batalhas de Humaitá, Piquiciri, Angustura, Lomas Valentinas, Ascurra e Campo Grande.
Durante a Campanha da Cordilheira, na fase final do conflito, foi Mallet o comandante-chefe do Comando-Geral de Artilharia do Exército. Finda a campanha, por merecimento, ascendeu ao posto de Brigadeiro. Em janeiro de 1879, foi promovido a Marechal-de-Campo; em 11 de outubro de 1884, a tenente-general e, finalmente, em 15 de julho de 1885, a Marechal-de-Exército. Permaneceu no serviço ativo até então, vindo a falecer em 2 de janeiro de 1886, no Rio de Janeiro, aos 84 anos. Hoje, seus restos mortais repousam em mausoléu, sob os cuidados do terceiro grupo de artilharia de Campanha Autopropulsado – o Regimento Mallet – situado em Santa Maria-RS.
Comments