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José de Alencar

Inicia na Rua Bom Jesus e termina na Rua Ubaldino do Amaral


José de Alencar nasceu em maio de 1829 em Messejane, que à época de seu nascimento gozava do estatuto de município.


Nascido de uma relação ilegítima e considerada escandalosa à época, visto que seu pai era Sacerdote da Igreja Católica, teve sua paternidade reconhecida através de uma "Escritura de Reconhecimento e Perfilhação de Filhos Espúrios" em 1859, que registrava que "o Padre José Martiniano de Alencar, já sendo clérigo de Ordens Sacras, contraiu amizade ilícita e particular com Dona Ana Josefina de Alencar, sua prima no primeiro grau, e dela tem tido desde aquele tempo até doze filhos".


Sete anos antes do seu nascimento, em 1822, Dom Pedro I havia proclamado a Independência do Brasil e tornara-se Imperador do Brasil. Dois anos após o seu nascimento, em 1831, o monarca, cedendo a pressões internas e externas, abdicaria em favor do filho e retornaria para Portugal. É nesse cenário político de disputas pelo poder que o jovem escritor crescerá, acompanhando o pai, que seria Senador e, posteriormente, Governador do Estado do Ceará.


Transferiu-se para a Capital do Império do Brasil, o Rio de Janeiro e José de Alencar, então com onze anos, foi matriculado no Colégio de Instrução Elementar.


Em 1844, matriculou-se nos cursos preparatórios à Faculdade de Direito de São Paulo, começando o curso de direito em 1846.


Fundou, na época, a revista Ensaios Literários, onde publicou o artigo questões de estilo.


Formou-se em direito, em 1850, e, em 1854 estreou como folhetinista no Correio Mercantil.


Casou-se com Georgiana Augusta Cochrane (1846-1913), com quem teve seis filhos, entre eles o escritor Mario de Andrade e o embaixador Augusto Cochrane de Alencar.


Em 1856, publicou o primeiro romance, Cinco Minutos, seguido de A Viuvinha em 1857. Mas é com O Gurani em 1857 que alcançou notoriedade. Estes romances foram publicados todos em jornais e só depois em livros.

José de Alencar foi mais longe nos romances que completam a trilogia indigenista: O Guarani (1857), Iracema (1865) e Ubirajara (1874). O primeiro fala sobre o amor do índio Peri com a mulher branca Ceci.


Em 1859, tornou-se chefe da Secretaria do Ministério da Justiça, sendo depois consultor do mesmo. Em 1860, ingressou na política, como Deputado Provincial no Ceará, sempre militando pelo Partido Conservador. Em 1868, tornou-se Ministro da Justiça, ocupando o cargo até janeiro de 1870.


Em 1869, candidatou-se ao Senado do Império, tendo o Imperador Dom Pedro II não o escolhido por ser muito jovem ainda.


Produziu também romances urbanos (Senhora, 1875; Encarnação, escrito em 1877, ano de sua morte e divulgado em 1893), regionalistas (O Gaúcho, 1870; O Sertanejo, 1875) e históricos (Guerra dos Mascates, 1873), além de peças para o teatro


Viajou para a Europa em 1877, para tentar um tratamento médico, porém não teve sucesso. Faleceu no Rio de Janeiro em dezembro do mesmo ano, vitimado pela tuberculose.


Sua esposa Georgiana faleceu treze anos depois e foi sepultada ao lado do marido em 1913.

Fonte: Wikipedia

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