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O prefeito Rafael Greca conclamou, nesta sexta-feira (19/3), prefeitos da Região Metropolitana de Curitiba a adotarem restrições mais rigorosas para conter o agravamento da covid-19. O apelo foi feito durante reunião por videoconferência da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec), presidida por Greca.
“A situação é tão crítica que a prioridade deve ser a defesa da vida para que, na sequência, possamos continuar a retomada econômica”, afirmou o prefeito, ao lado do secretário estadual da Saúde, Beto Preto, e do secretário-chefe da Casa Civil do estado, Guto Silva.
O prefeito apelou para a responsabilidade de todos no combate à doença, principalmente por lideranças como os prefeitos das cidades vizinhas.
“Qual é a maior restrição da liberdade? A morte. Já a liberdade plena é a saúde”, afirmou ele, sobre a necessidade das medidas restritivas por causa da situação de emergência sanitária e da evolução expressiva do contágio.
Greca lembrou ainda que o prefeito reeleito de Campo Largo, Marcelo Puppi, morreu em decorrência da covid-19, num exemplo concreto da gravidade da doença.
“Estamos passando por uma situação dramática, mas há uma luz próxima, a vacina. Estamos muito perto da solução e não podemos perder mais vidas neste momento”, ponderou. “Vidas que podem ser salvas.”
O prefeito frisou ainda que se nada for feito agora a situação pode sair ainda mais do controle.
“Enquanto a sociedade não entender a necessidade das restrições, a pandemia não vai ser controlada. É necessário que todas as cidades da Região Metropolitana adotem medidas conjuntas e alinhadas para o enfrentamento da pandemia”, justificou. "Não tem sentido uma cidade restringir atividades e outras deixarem livre. Aí o vírus vai continuar circulando", argumentou ele.
Apoio às medidas
Durante a reunião foi decidido que Curitiba vai colaborar na elaboração de um decreto estadual regional, que deve ser publicado ainda nesta sexta-feira (19/3) e que irá seguir as restrições das atividades já adotas pela capital.
O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, reforçou que o Governo do Paraná apoia as medidas adotadas por Curitiba e reiterou que todo o estado vive um momento dramático.
“Estamos em um esforço para a abertura de leitos, mas há limites, pois falta material humano e insumos”, observou.
Beto Preto alertou ainda que, mesmo a oferta de leitos, não é garantia de que não haverá mortes.
“Mais de 40% das pessoas que vão para a UTI vão morrer devido às complicações da covid-19”, ponderou.
O secretário-chefe da Casa Civil, Guto Silva, disse que o governador Carlos Massa "Ratinho" Junior está sensível às necessidades dos municípios e pediu pela união neste objetivo em busca do bem comum.
“Se tivermos êxito em frear a pandemia, em poucos dias vamos colher os resultados positivos”, previu.
Decreto estadual
Na semana passada, o decreto feito em Curitiba para as atividades sob bandeira vermelha (de alerta máximo contra covid-19) serviu de base para uma minuta de decreto metropolitano, no âmbito da Assomec, que, no entanto, não foi encampada por todas as cidades.
Após a reunião de hoje, ficou acordado que o novo decreto curitibano (a ser publicado ainda na sexta-feira) será usado como base para um decreto estadual válido para outras cidades do estado (interior e litoral).
FONTE: PMC
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