FUTEBOL OU VACINA?
- Jornal do Juvevê
- 7 de jun. de 2021
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Parece óbvio, que em meio a uma pandemia que mata mais de mil pessoas ao dia você, assim como eu, escolheria a vacina, mas não é o que acontece.
Na semana passada fomos surpreendidos com a notícia de que o Brasil seria sede da Copa América. Assim como nós, os jogadores também foram pegos de surpresa pela decisão, errônea, do governo. Ainda não é possível saber ao certo se irá de fato acontecer ou não, para Bolsonaro:
” A minha participação na Copa América é abrir o Brasil para que ela fosse realizada aqui. Já tem os quatro estados, tudo certinho”. Disse o presidente da república para os seus apoiadores.
Em contramão ao aceite em sediar a Copa América o Governo Bolsonaro rejeitou vacinas da Pfizer 50% mais baratas do que o valor pago por EUA e UE, ainda, em investigações feitas pela CPI da pandemia foi possível concluir que, ao todo, 53 e-mails da Pfizer ficaram sem resposta por parte do governo.
Caso a Copa América realmente venha a ocorrer no Brasil estaremos diante de um cenário onde o sistema de saúde está colapsando em vários Estados, como é o caso do Paraná, principalmente na nossa capital, com apenas 10% da população com duas doses da vacina aplicadas e rumo a 500 mil vidas perdidas.
Agora questiono, caso fosse presidente da república recusaria vacinas e aceitaria o futebol?
Camilla Gonda. Acadêmica de Direito pela PUCPR e Ciências Sociais pela UFPR. Pesquisadora em Ciência Política pela UFPR.
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