“Através da prática da agricultura urbana sustentável, este espaço da Prefeitura irá proporcionar uma experiência vivencial nas principais etapas do ciclo alimentar, desde o simples plantio da mudinha ao preparo do alimento para o consumo consciente e sustentável”, observou Greca.
Foto: SMCS/Daniel Castelano
"Neste local único, os curitibinhas serão educados sobre a importância da vida no campo, para que aprendam que os alimentos brotam da terra e que o ato de semear é o primeiro ato da cadeia alimentar". A afirmação foi feita, nesta quarta-feira (24/6), pelo prefeito Rafael Greca ao inaugurar a Fazenda Urbana de Curitiba, inédito espaço no Brasil dedicado à educação para prática agrícola sustentável nas cidades.
O prefeito reforçou que a Fazenda Urbana, localizada no bairro Cajuru, irá mostrar a complexidade envolvida na produção de alimentos, do campo até as gôndolas dos supermercados, e incentivar o cultivo em espaços urbanos.
Capacitações e visitas à Fazenda Urbana, vinculada à Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (SMSAN), vão começar com o fim da pandemia do novo coronavírus.
Sem agrotóxico
Em uma área de 4.435 m², ao lado do Mercado Regional do Cajuru, a Fazenda Urbana reúne os mais modernos métodos de plantio de alimentos saudáveis, sem agrotóxico. São mais de 60 variedades agrícolas orgânicas cultivadas, com a produção de frutas, legumes e verduras, além de ervas, temperos, chás e plantas alimentícias não convencionais (pancs).
O local tem também estufas de culturas mais sensíveis (como tomate, pepino, rúcula e outros) e para mudas destinadas às 31 hortas comunitárias da capital, além de canteiros elevados para cadeirantes.
O complexo conta ainda com central de compostagem, banco de alimentos e um contêiner que funcionará como sala de aula. Uma cozinha-escola irá receber chefs renomados da capital para realizar treinamentos e aulas show, utilizando os alimentos e temperos produzidos no local. O objetivo é demonstrar, na prática, o sabor da refeição produzida em pequenas hortas.
Aulas e workshops
Com capacidade para receber 150 pessoas por dia, em diferentes atividades, a Fazenda Urbana atenderá crianças e jovens da rede de ensino municipal e demais interessados em aprender a produzir em pequenos espaços, como casas e apartamentos.
"Além disso, a estrutura do espaço será usada para aulas e workshops aos produtores das hortas comunitárias e até para os 34 mil agricultores da Região Metropolitana", conta Luiz Gusi, secretário municipal de Segurança Alimentar e Nutricional.
O secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, parabenizou a Prefeitura pela criação da Fazenda Urbana. "Mais uma vez, Curitiba está na vanguarda ao criar um espaço em que crianças e adultos poderão aprender sobre o cultivo sustentável de alimentos e entender a importância de um setor responsável por 34% da riqueza do Paraná", afirmou.
Sustentabilidade
Trazer a sustentabilidade como um dos pilares da produção agrícola também integra as bases da Fazenda Urbana curitibana. Por isso, os canteiros das hortas serão sustentados com troncos de madeira, canos de PVC ou garrafas PET. Já parte da energia para o funcionamento da estrutura virá de fontes renovávies como a solar. Os interessados também poderão aprender a fazer a captação e o reaproveitamento da água das chuvas, aspecto importante para o desenvolvimento das plantas.
A Fazenda Urbana recebeu ainda o projeto Jardins de Mel, de criação de abelhas nativas sem ferrão. Os insetos ganharam cinco caixinhas, espalhadas pelo complexo, que vão ajudar, por meio da polinização, a aumentar a qualidade e a produção das hortaliças plantadas no novo espaço da Prefeitura.
Novas tecnologias serão testadas na Fazenda Urbana e um edital de chamamento público está aberto para pesquisadores, universidades e startups que quiserem validar no local produtos e soluções agrícolas inovadores, bem como o uso de energias renováveis.
A inauguração teve uma apresentação de músicas de raiz com integrantes do Conservatório de MPB. O rápido show teve participação de Julião Boêmio, no cavaquinho; Ricardo Salmazo, na percussão; Vinícius Chamorro, no violão de sete cordas; Emiliano Pereira, na viola caipira; e Marina Camargo, no acordeon.
Fonte: PMC
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