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Estou num relacionamento abusivo. Como posso denunciar?

Vamos quebrar esse ciclo? Amor não dói! Você não está sozinha!


Além de lidar com o medo de se infectar com o novo coronavírus, o sexo feminino infelizmente está sofrendo com mais um problema durante a pandemia. De acordo com levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, houve um crescimento de 27% das denúncias de violência contra as mulheres de abril a março de 2020, em relação ao mesmo período de 2019. As queixas aconteceram pelo número 180, segundo matéria publicada pelo G1.


Chamo atenção para os casos que não são sequer denunciados ou como chamamos: de subnotificação e que representam um número ainda maior ao levantamento mencionado.


A agressão física não é a única forma de violência contra as mulheres: há a psicológica, a sexual, a moral e a patrimonial. Todas elas são consequências de um relacionamento abusivo. Só que uma parcela das vítimas não consegue identificar que está vivendo esse tipo de relação com seu companheiro.


No artigo anterior, tentamos auxiliar no processo de identificação do relacionamento abusivo, com enfoque nos primeiros sinais, que devem ser analisados pela própria vítima, amiga(o), familiares, etc.


Hoje, apresentaremos alguns mecanismos existentes para auxiliar na quebra desse ciclo violento. Lembre-se de que: Você não está sozinha!


Aproveito, para indicar um livro que traz a análise profissional, de forma simplificada sobre o tema. A psicoterapeuta Anahy D’Amico, de São Paulo, decidiu escrever um livro abordando o assunto devido a grandes casos que acompanhou em sua carreira. “O amor não dói”, publicado pelo selo Paidós da Editora Planeta, a obra de estreia da especialista, conhecida por participar do programa “Casos de Família”, no SBT. Além disso, ela atende em consultório e tem um canal no Youtube, que já conta com mais de 900 mil inscritos. Onde, com a sua experiência tenta auxiliar mulheres a saírem dessa situação/ relacionamento abusivo.


O que é Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180?

O Ligue 180 é um serviço de utilidade pública essencial para o enfrentamento à violência contra a mulher. Além de receber denúncias de violações contra as mulheres, a central encaminha o conteúdo dos relatos aos órgãos competentes e monitora o andamento dos processos.


O serviço também tem a atribuição de orientar mulheres em situação de violência, direcionando-as para os serviços especializados da rede de atendimento. No Ligue 180, ainda é possível se informar sobre os direitos da mulher, a legislação vigente sobre o tema e a rede de atendimento e acolhimento de mulheres em situação de vulnerabilidade.


Além do número de telefone 180, é possível realizar denúncias de violência contra a mulher pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil e na página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), responsável pelo serviço. No site está disponível o atendimento por chat e com acessibilidade para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).


Também é possível receber atendimento pelo Telegram. Basta acessar o aplicativo, digitar na busca “DireitosHumanosBrasil” e mandar mensagem para a equipe da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180.


Ao encontro da bandeira da OAB Paraná de enfrentamento à violência de gênero, a Polícia Civil do Paraná disponibilizou no site www.policiacivil.pr.gov.br/BO um canal online para denúncias e registro de boletins de ocorrência de crimes contra a mulher. A medida visa dar celeridade à solução de crimes enquadrados na Lei Maria da Penha.


Amanda, como posso receber um atendimento físico? Onde? Serei realmente acolhida? E meus filhos? Meus animais de estimação?

Fique tranquila, o primeiro passo é romper com esse ciclo de violência, antes de que possa vir a tornar-se mais intenso e até mesmo, vire uma tentativa de homicídio ou infelizmente, mais um dos inúmeros casos de feminicídio.

Com serviços de apoio psicossocial e de garantia de direitos, a Casa da Mulher Brasileira, é um centro de atendimento a todos os tipos de violência previstos na Lei Maria da Penha, Lei n.º 11.340/2016.


É um local de extrema confiança! Já acompanhei muitas mulheres nesse processo e tenho certeza de que será amparada, as profissionais são muito qualificadas e você receberá todo o acolhimento necessário.


Veja abaixo o quadro de todos os serviços oferecidos no mesmo endereço e os seus horários de funcionamento, enquanto Curitiba estiver sob a situação de Emergência em Saúde Pública por causa da Covid-19.


A Casa da Mulher Brasileira, vinculada à Assessoria dos Direitos Humanos, nunca fecha! Está com o atendimento 24 horas. Funciona todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados, com estes serviços: Acolhimento, Triagem e apoio psicossocial - Realizados por Assistentes Sociais e Psicólogas.


Brinquedoteca - Para crianças de 0 a 12 anos de idade, enquanto as mulheres recebem atendimento em qualquer um dos serviços na Casa.


Fora recentemente criada, uma área para que o seu pet permaneça seguro e também seja acolhido!


Central de transportes – deslocamento de mulheres para os demais serviços da Rede de Atendimento. Telefones: (41) 3221-2701 e (41) 3221-2710.


Delegacia da Mulher – Registra B.O.(Boletim de Ocorrência), faz proteção e investigação dos crimes de violência doméstica, feminicídio e violência sexual. Telefone: (41) 3219-8600.


Patrulha Maria da Penha – Guardas Municipais realizam o acompanhamento das mulheres que já receberam medida protetiva, em visitas periódicas.Telefone: 3221-2761.


Polícia Militar – Realiza a busca de pertences das mulheres atendidas pela Casa e que possuam medida protetiva. Das 8h às 11h30 e das 13h30 às 17h30, de segunda a sexta-feira.Telefone: 3221-2765.


Além disso, lá, você encontra os Plantões de Emergência:

Ministério Público – Promoção de ação penal nos crimes de violência contra as mulheres e fiscalização dos serviços da Rede de Atendimento. Das 9h às 18h, de segunda a sexta-feira. Telefone: (41) 99923-2685.


Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher – Órgão da Justiça responsável por processar, julgar e executar as causas decorrentes da prática destes crimes. Também concede medidas protetivas de urgência. Das 12h às 18h, de segunda a sexta-feira. Telefones: (41) 3200-3252 ou (41) 3210-7027 e (41) 98869-3819.


Defensoria Pública – Orientação às mulheres atendidas pela Casa sobre seus direitos; prestação de assistência jurídica e acompanhamento de todo o processo judicial. Das 12h às 16h, de segunda a sexta-feira. Telefone: (41) 99161-7880 (também via whatsApp).


Vamos quebrar esse ciclo? Lembre-se: amor não dói! Você não está sozinha!


Ligue para a Casa da Mulher Brasileira de Curitiba, se for da cidade, ou vá até o local. Guarde essas informações preciosas e compartilhe com quem precisar!


Telefone: (41) 3221-2701/ (41) 3221-2710.


Endereço: Avenida Paraná, nº 870 – Bairro Cabral. CEP 80035-130


Emergências – 190

Denúncias – 180


Amanda Leska- Assessora Parlamentar, Empreendedora Social, Líder Feminina e Palestrante

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