Essas mulheres valem ouro
- Jornal do Juvevê
- 8 de mar. de 2021
- 4 min de leitura
Veremos alguns relatos de mães solo. Mulheres que criaram seus filhos sozinhas, dando e recebendo muito amor, carinho e afeto.
Katia Antunes engravidou nos Estados Unidos, porém o americano não quis saber da gravidez e ela voltou para o Brasil.
Sua família, de inicio levou um choque, mas depois deu total apoio.
“Gostaria que o “pai” dele estivesse ao meu lado dando apoio. Depois que a criança nasceu perdoei o “pai” dele” Comenta Katia
Sempre Katia foi pai e mãe e ressalta que seu filho, hoje com 11 anos de idade, sempre lhe da lição de moral e tem um senso de justiça muito grande.

Tathiana Raphaela Cidral, Professora, formada em engenharia e atua na área da educação por 15 anos.
Divorciada quando seu filho tinha 5 anos de idade, “Quando decidi me divorciar pensei em todos os prós e contras principalmente por termos um filho. Mas sempre fui uma pessoa de fé e sabia que por mais difícil que fosse a jornada... Deus estaria provendo.”
O seu primeiro ano de divórcio foi mais complicado, fazia tudo sozinha, colocando seu filho em período integral na escola.
“Meu filho é uma benção, foi entendendo que precisava me apoiar, porque éramos somente nós dois a partir de então.”
Já o pai da criança aos poucos foi cedendo, entendendo a situação, voltando a ver o filho com frequência e passando a ajudar com os gastos de escola, fonoaudiologia, plano de saúde etc. Hoje o filho de Tathiana passa muitos finais de semanas com o pai.
“Temos um jeito de expressar nosso amor todos os dias: comenta Tathiana
Eu digo ao meu filho:
Filho: quem a mamãe ama?
Ele responde: Eu
Filho: Quanto a mamãe te ama?
Ele responde: Mais que tudo
Filho: por quanto tempo vou te amar?
Ele responde: para toda vida”

Fernanda Toscani, 38 anos, Professora de Biologia.
“Às vezes as pessoas acham que vai ser uma história de tristeza ser mãe solteira e na verdade pode ser uma revolução.” Fernanda Toscani
Ela tem uma filha chamada Victória, de 22 anos e além de ter sido mãe solteira, foi mãe na adolescência.
Fernanda conta que começou a namorar com o pai da sua filha com 12 anos, namoro de adolescente e aos 16 anos de idade ela engravidou.
No começo foi uma experiencia muito complicada, por que você vê a sua vida mudar por completo. Quando ela teve a Victória, via as amigas saindo, viajando e se divertindo e ela não podia, pois tinha uma filha para criar, mas hoje foi uma das melhores coisas que aconteceu na minha vida, pois minha filha é minha parceira e minha melhor amiga. Eu pude crescer muito ao lado dela e foi uma experiencia de construção e maturidade.
O pai dela sempre foi muito presente, começou a trabalhar cedo, nunca pedi nada para ele, sempre pagou tudo, hoje não estamos juntos, mas temos uma amizade muito boa e minha família também me apoiou muito.
“Eu cresci e amadureci muito com a Vitoria, ela fez mudar minha vida. Ela é um anjo que veio iluminar a minha vida, é uma filha maravilhosa.” Finaliza Fernanda

“Meu nome é Monica, nasci em Curitiba, sou mãe solo, tenho 35 anos, meu filho Alex 7 anos.
Sempre fui uma mulher empreendedora na vida, desde muito cedo, busco constante evolução, tenho um forte senso de missão e o mais importante, sou mulher.
Muitas mulheres compartilham histórias semelhantes em sua trajetória de vida como mãe: criar, educar e participar da vida de um filho quase sempre sozinhas. O termo “mãe solo” é utilizado para designar as mulheres que são inteiramente responsáveis pela criação, educação e decisões de seus pequenos (as), deixando o conceito de “mãe solteira que não gosto de usar e está bem em desuso, pois estar ou não em um relacionamento com um (a) parceiro (a) não quer dizer necessariamente compartilhar a difícil e especial missão de ter um filho, mas principalmente você ser a “cabeça” de todas as decisões relacionadas, importantes e necessárias e cuidados sobre o seu filho (a).
Seja por escolha própria ou por acaso do destino apenas. Ser mulher e mãe solo não é nada fácil. Tem que ter muita força, paciência, determinação, cuidados redobrados e resiliência. Temos que ser uma e valer por mil, pois mesmo que tenhamos ajuda parcial, não é a mesma coisa do que decidir pela criança o melhor a vida delas, e ainda ser o melhor que podemos ser, mas ainda assim sermos julgadas.
Engolir os desaforos e palpites furados de muitos (as) e deixar passar os olhares tortos cheios de julgamentos de quem não sabe nada sobre criar um filho sozinha por exemplo, ou praticamente sozinha.
Ser mulher e mãe solo é enfrentar o mundo com unhas e dentes afiados, ser força triplicada e ainda um coração cheio de amor e esperança de que sua vida e a de seu filho (a) é uma extensão, lutas diárias para que sejamos a melhor possível.
Sempre fui uma mulher que não parei no tempo, busco evolução, esforçada, dedicada a diversas causas, nunca parei em toda história da minha vida, até aqui, porém ainda há muito o que se fazer.
Sou mãe solo sim, trabalho fora, sou empreendedora, autônoma também, estudo sempre e continuamente, sou voluntária e sou mulher!
Desejo a todas nós mulheres um grande futuro e mais união, temos muito ainda a melhorar e desistir, ou parar no tempo, nunca deve ser a escolha de uma mulher valente, pois descansar não é o mesmo que desistir.
Parabéns pelo Dia Internacional da Mulher”

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