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Educação Inclusão e Cidadania com Elaine Marins



Recebi com muita alegria o convite do meu amigo Bernardo Carlini para escrever semanalmente sobre um tema que amo . Falar sobre inclusão é sempre prazeroso , porém desafiador. Bem , vou me apresentar para vocês entenderem o contexto geral: Sou Elaine Marins , mulher batalhadora , sempre atuante em causas sociais e inclusivas , professora , pedagoga , mãe de três filhos e com muito orgulho ( cresci muito com a chegada de cada um) mãe de inclusão, tenho um filho de 24 anos surdo profundo, uma filha de 22 com diabetes tipo I ( não é considerado inclusão, mas necessita de adaptações no ambiente escolar e de trabalho sim) e um pequeno de 10 anos, superdotado à quem vou me referir nessa primeira postagem .


Compartilharei muita vivência teórica, pois atuei como pedagoga de inclusão na regional CIC , tendo contato direto com os Gestores, Pedagogos , professores e profissionais da área da saúde e terapêutico, mas principalmente vivência prática por ser mãe de inclusão.



Meu primeiro relato é sobre o meu filho mais novo Adriano Júnior. Falar sobre trás um misto de emoções e muitas reflexões: Quem não quer ter a notícia que o filho tem uma inteligência muito acima da média? A princípio você fala: Poxa que legal ter feito uma criaturinha tão esperta , que com dois aninhos já cantava músicas inteiras, utilizava um vocabulário incrível para um bebê , comia sozinho, dormia sozinho, uma coordenação motora admirável , enfim uma criança à princípio esperta, espoleta, mas que aos poucos foi crescendo e ficando mais "genioso" "questionador" "inquieto" chamando a atenção de suas educadoras por sua "agitação psicomotora", pois até os quatro anos é bonitinho ser curioso, perguntar demais, querer respostas para tudo.


Mas após essa idade parece que as crianças não podem mais agir de forma curiosa e espontânea. Você faz pergunta demais! Não responda ! Deixe seu colega responder! Você é só uma criança, se ponha no seu lugar e assim começa um mundo de limitações . Então inicia a luta pela liberdade de opinião, respeito às limitações, atendimentos especializados, muitos exames, muita terapia, pois você é diferente! #Entendedores entenderão meu desabafo!


Enfim já se passaram 6 anos desde a identificação da Superdotação do Júnior, hoje mais tranquilo, adaptado a sua condição, mais seguro, voltando a espontaneidade, liberdade de expressar suas emoções e conhecimentos, sem muitas limitações, mas falo que para nós foi e é um desafio!


Precisamos tirar os superdotados da invisibilidade, mostrar que são público alvo da inclusão sim, que tanto os que "sabem mais" ou quem "sabe menos" precisam ser atendidos em suas especificidades. Trazer informações reais da condição desse público alvo da inclusão.


• Conforme alteração da LDB de 2015, ( lei 13.234 de 29/12) dispõe sobre identificação , cadastramento e atendimento na educação básica e ensino superior desse público alvo da inclusão/ superdotados . LDB ( lei de diretrizes e bases da educação- Lei 9394/96. Hoje menos de 3% por cento foram identificados , devido à falta de políticas públicas que invistam nesse público.


Mostrar que tanto os acadêmicos quanto os criativos produtivos tem áreas que não são do seu domínio, portanto não saberão tudo, que tem sentimentos como qualquer outra criança, que são crianças e devem ser tratado como tal, com atenção , carinho e respeito!


Parabéns a esse público e aos familiares que batalham por melhores condições, para que nossos filhos possam desenvolver todas as suas habilidades e potencialidades de forma plena! #Gratidão aos profissionais que já atenderam meu filho e a todos que se dedicam a área! Abraços !


Elaine Marins

Face : Elaine Marins

Insta : elainemarinsoficial


Indicação de leitura sobre o tema: LDB ( Lei de diretrizes e bases da educação) lei 9.394/ 96 – Carlos Roberto Jamil Cury- Editora DP&A Altas Habilidades Superdotação/ Criatividade e emoção organizadoras Fernanda Helen Ribeiro Piske, Jarci Maria Machado , Sara Bahia e Tânia Stoltz – Editora Juruá Neurociência e Educação


_Como o cérebro aprende – Ramon Cosenza, Leonor B. Guerra Editora Artmed .






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