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Dejetos de animais em vias públicas do Juvevê cresce com a população de cães do bairro

Além da sujeira e mau cheiro o não recolhimento das fezes pode aumentar a incidência de zoonoses



Quem mora no Juvevê deve ter observado nos últimos anos o número cada vez maior de moradores que passeiam com seus cães pelo bairro. Muitos deles, com mais de um cachorro e até mesmo três. De pequeno a grande porte e das mais variadas raças. Não é à toa que o Paraná é o estado do país com o maior número de cães em lares, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE de 2013. Não existe um levantamento por bairro, mas arrisco a dizer que o Juvevê está entre os mais populosos no que se refere ao número de cães pelo menos em Curitiba.


Mas quanto maior número de cachorros, maior a quantidade de fezes espalhadas pelas nossas ruas, infelizmente. Culpa zero dos bichinhos, mas responsabilidade total de seus tutores. Esquecidos ou sem educação mesmo? Como nomear quem deixa as fezes do animal em qualquer lugar apesar de existir uma lei municipal (7833/91), que prevê o recolhimento das fezes de animais em parques, praças e vias públicas e que em caso contrário está prevista multa pela infração. Além disso, existe uma enorme quantidade de avisos em plaquinhas espalhadas pelos muros e gramas que pedem o recolhimento dos dejetos.


Ultimamente, muitos edifícios têm instalado lixeiras com porta sacolas plásticas e mesmo assim os dejetos seguem pelas calçadas e jardins dos prédios. A solução bem intencionada pode até não ser muito sustentável pelo volume de lixo que gera, mas com certeza é uma opção considerável para a retirada das fezes de animais, principalmente para quem esqueceu de pegar o saquinho. Às vezes, acontece. Uma alternativa ao plástico pode ser muito bem as sacolas de pão. Ou o investimento em sacos biodegradáveis. Mas duvido muito que essa preocupação seja a causa para deixar as fezes ao ar livre nos jardins alheios.


Recentemente uma polêmica envolvendo a falta de recolhimento de fezes na frente de um prédio causou uma situação engraçada em um trecho da Rua Manoel Eufrásio. Cansado do volume de cocô no jardim em frente ao edifício, uma placa foi afixada ao muro e alertava o “dono de um cachorro branco de um determinado prédio da rua”. O texto sugeria que as imagens gravadas do ocorrido seriam veiculadas no Youtube. A “indireta” parece ter tido resultado, pouco tempo depois a placa foi retirada. O que nos leva a crer que o problema foi solucionado. Pelo menos com o cachorro branco. Li o aviso e não foi para mim. Apesar de ter uma cachorra branca e de morar no tal prédio citado na placa.


Um dos sérios problemas, além do mau cheiro, em deixar as fezes expostas são as zoonoses, doenças que podem ser transmitidas por animais a seres humanos e vice-versa. O contato de cães com os dejetos infectados pode levar a uma possível contaminação do animal por vermes e até mesmo por vírus. Por isso a importância de recolher o cocô, que é uma das principais razões dos passeios. Além, é claro, da atividade física essencial para os bichinhos.


Então, no próximo passeio além de colocar guia e coleira no animal vale lembrar da sacola plástica em respeito a lei e aos vizinhos.


Fabiana Ferreira, jornalista e moradora do Juvevê há 15 anos

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