No ano de 1928, já havia caído neve na cidade de Curitiba.
Porém, no dia 17 de julho de 1975, os curitibanos acordaram e viram a cidade branca, com flocos de neve caindo e aos poucos iam cobrindo telhados, carros e os gramados.
No ano de 1942 e 1955, respectivamente, houve relatos de neve em Curitiba, porém em alguns bairros somente.
Eufóricos, as pessoas saíram às ruas para fazerem bonecos de neve e tirar foto, para recordação.
Nos anos de 1942 e 1955, respectivamente, houve relatos de neve na capital paranaense, porém em alguns bairros somente.
Outros invernos vieram, mas nenhum foi tão rigoroso quanto aquele de mil novecentos e setenta e cinco.
A NEVE VISTA DA JANELA Em julho de 1975, eu era só um menino sonhador, vindo de Toledo, interior do Paraná. Papai e mamãe vieram a cidade grande, em busca de recursos médicos, Dona Geralda Diniz, muito doente, não conseguira no interior o diagnóstico do problema de saúde. Em Curitiba, veio a informação médica, ela tinha a chamada doença de Chagas. No dia da neve mamãe Geralda saiu para trabalhar de zeladora na Rua Dr. Pedrosa, papai Valdemar, foi trabalhar de servente de pedreiro no Alto da XV, eu e minha irmã mais nova, focamos em casa. Naquele dia, nossa avó Maria de Jesus Albano, não nos deixou ir à escola, estava muito frio, não tínhamos roupas adequadas para enfrentar aquele inverno. Éramos muito pobres, nem sabia o que era uma luva. Eu, tinha muitos dente cariados, um deles doía muito, que sofrimento. Mesmo assim, passamos o dia olhando pela janela os flocos de neve a cair. Que coisa mais linda.
Pensei em fazer um esqui, daqueles que via na tevê preto e branco, para usar na próxima neve. O tempo passou, passou e, nunca mais nevou daquele jeito em Curitiba. Porém, a lembrança ficou em minha mente, uma criança pobre, que sonhava muito. Hoje, não tenho mais minha avó, meus pais, mas, tenho meu filho Gustavo Diniz, que me acolhe em seus braços quando o “inverno” dos problemas me assola. Com ele sou aquecido. Glória a Deus que nos tem sustentado.
José Diniz-Jornalista e advogado
Nevada em Curitiba.
O dia era 17, no mês de julho no ano de 1975
Eu, menina com 13 anos de idade, temperatura abaixo de zero, chuva fina, muito frio, nem imaginava a beleza que esta combinação traria, a Neve.
Da janela de casa, no Bairro Capão Raso, eu via o verde dos campos cobertos pelo branco neve, que bela surpresa recebemos naquele dia inesquecível.
Eu e meus irmãos, juntos com as crianças da vizinhança toda, corremos para fora, logo começaram a pipocar as guerras de bolas de neve, qual de nós faria o boneco de neve maior e mais bonito, em seguida o futebol sobre a neve, dia intenso de pura magia.
Não foi a toa que os filmes fotográficos se esgotaram, todos queriam registrar a beleza que era tudo aquilo.
E todos os anos, em todos os invernos, aguardo ansiosa pra viver novamente a mesma alegria, se passaram 45 anos, toda aquela beleza ficou nas boas lembranças.
Alcione Albertoni-Enfermeira
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