Moradores e comerciantes reclamam do desrespeito à Lei do Silêncio e outros problemas. As indicações encaminhadas ao Executivo não são impositivas.
Foto: Rodrigo Fonseca/CMC
Queixas de moradores e comerciantes dos bairros Alto da XV e Hugo Lange, do entorno da chamada “Prainha da Itupava”, como o desrespeito à Lei do Silêncio e o consumo de álcool e de drogas, pautam sugestão ao Executivo aprovada pela Câmara Municipal de Curitiba (CMC), na sessão desta segunda-feira (22). Assinada por Amália Tortato e Indiara Barbosa, ambas do Novo, e por Herivelto Oliveira (Cidadania), a indicação requer a revitalização das calçadas, da iluminação e da sinalização na região, além da regularização do estacionamento na rua Flávio Dallegrave.
Amália disse que ela e Indiara receberam, na semana passada, documento formalizado por moradores, onde são indicados vários problemas e a falta de providências. A “baderna” do lado fora dos bares e restaurantes, com som alto “madrugada adentro” e muito lixo deixado no local, teria começado em 2019 e não se limitaria aos finais de semana. Para os moradores, a falta de iluminação, de câmeras de monitoramento e de policiamento ostensivo, por exemplo, contribuem para a situação.
“A perturbação do sossego já é denunciada há meses, acumulando mais de 200 registros, já prejudicando a saúde física e mental destes cidadãos contribuintes dos maiores valores de impostos dos bairros de Curitiba”, aponta trecho do documento. “Porém, até o presente momento, os únicos restritos de liberdades e punidos são os moradores do entorno.”
“Somos a favor da liberdade, mas da liberdade com responsabilidade”, disse Amália Tortato. A vereadora antecipou que serão apresentadas outras indicações ao Executivo, com base nas reivindicações da população. “Os comerciantes também se preocupam com vandalismo, as portas amassadas, e a sujeira que fica. Eu também já recebi solicitação semelhante”, declarou Herivelto Oliveira.
Alexandre Leprevost (Solidariedade) afirmou que os donos de estabelecimentos do antigo Shopping Hauer foram “injustiçados”, ao receberem críticas pela invasão das calçadas. “E é exatamente isso que está acontecendo agora na ‘Prainha da Itupava’ e na Prudente de Morais, se não me engano na esquina com a Carlos de Carvalho. Os comerciantes não querem essa baderna na rua.”
O Jornalista Márcio Barros (PSD) relatou que o problema nas calçadas na Prudente de Morais foi discutido pelo Conselho de Segurança (Conseg) do Centro. “O pior que isso [aglomerações] atrai criminosos, traficantes. Gera despesa aos comerciantes, que precisam no dia seguinte lavar a calçada”, acrescentou. “Neste final de semana recebi reclamações da região do Largo da Ordem. O tráfico corre solto naquela região. Além do barulho que incomoda os vizinhos”, completou Eder Borges (PSD).
Fonte: CMC
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