Cerca de 80% das mulheres sofrem algum tipo de violência no decorrer de suas vidas. As mulheres de 15 a 44 anos correm mais risco de sofrerem estupro e violência doméstica do que câncer, acidentes de carro, guerra e malária, de acordo com dados do Banco Mundial.
Num mundo onde inúmeros são os casos noticiados de agressão física, violência em todas as formas e que em sua maioria, resultam na morte de mulheres, faz-se necessário questionar se presenciamos uma naturalização de tamanha brutalidade.
Essa análise será feita em diversos artigos e deixo o convite para que acompanhe e compartilhe!
O que mais impacta ao analisar esses dados, é que a maior parte deles acontecem dentro de casa. Aliás, por seus parceiros, namorados ou maridos. Por isso, quero reforçar a necessidade de ficarmos atentas aos primeiros sinais de violência ou relacionamento abusivo.
Pois bem, o que é relacionamento abusivo?
O relacionamento abusivo é definido como uma relação que apresenta abusos de ordem física e/ou emocional. A relação se torna abusiva quando uma das pessoas utiliza o poder para manipular e controlar o outro.
Quais os sinais de que posso estar vivendo um relacionamento abusivo?
1- A pessoa te monitora constantemente?
Muitas vezes, por duvidar da sua palavra ou ter ciúmes, o parceiro ou parceira que tem comportamento abusivo pode te monitorar em diferentes escalas. Desde checar mensagens em redes sociais ou aplicativos, ou ficar reparando em quem curte e comenta suas fotos numa rede social; enviar mensagens constantemente quando não está perto ou pior, não “permitir” que tenha sua rotina e vida pessoal; exigência de senhas, se te pressiona para dar satisfação de tudo que você faz.Sim, você pode estar em um relacionamento abusivo!
Ciúme excessivo é sinal de um relacionamento desregulado e nada saudável.
2- Seu parceiro ou parceira tenta te diminuir?
Existem algumas práticas que podem ajudar na identificação: se você passa por constrangimento público, a pessoa tenta diminuir sua autoestima ou sofre uma imposição de vontades sobre as suas, fique atenta, você não merece e nem deveria estar passando por isso!.
3- A pessoa tenta mudar hábitos que fazem parte de quem você é?
Um dos grandes exemplos é a tentativa de afastamento da família e amigos. Ou seja, acontece quando a pessoa não gosta de quem você gosta e no mesmo sentido, de quem gosta de você.
Se seu parceiro(a) fica tentando te motivar a desistir de suas melhores amizades ou seus entes familiares mais queridos ou te proíbe de vê-los… Você está numa situação de abuso!
4- Seu parceiro não entende seus sentimentos ou faz joguinhos emocionais?
O indivíduo diminui seus feitos? Quando você conta sobre algo bom que aconteceu com você, seu parceiro ou parceira fica dizendo que “nem é tudo isso”? Fica botando defeitos em uma situação que estava perfeita para você?
A pessoa faz você se sentir mal por estar bem? Um parceiro abusivo sempre joga na sua cara: “Como você pode estar bem se eu estou aqui me sentindo tão mal?”.
Ele te culpa pelo que está errado no relacionamento? Faz com que a briga seja constante e usa de chantagem emocional? Fortes indícios de abuso!
5- Justifica comportamento abusivo com uso de drogas ou álcool?
A pessoa diz que estava bêbado(a), ou sob influência de outras drogas e justifica o comportamento abusivo com isso?
Jamais tolere essa situação, pois se a pessoa tem um vício que atrapalha a vida dela, deve buscar ajuda profissional. Além disso, depois da idade legal para consumo, o que cada pessoa faz sob influência de drogas é responsabilidade somente dela.
Procure ajuda de fora, conte a um amigo ou amiga de confiança, familiares ou até mesmo, ajuda profissional.
Tome cuidado com as promessas vazias. É muito comum que um parceiro abusador peça desculpas e prometa mudar constantemente. Oferecer uma vida nova e melhor, mas sem dizer como vai executar isso de fato, é sinal de que não pretende mudar realmente.
De nenhuma forma, devemos considerar os homens em sua generalidade, como agressores, pessoas más ou quaisquer assemelhantes… Existem pessoas más, violentas, opressoras e desumanas, mas reforço, que não é o gênero ou opção sexual que irá definir, são as atitudes.
Por isso, peço a todos vocês que lerem esse artigo, curtam, comentem e compartilhem, pode ser o despertar que ela(e) precisa.
Amanda Leska- Assessora Parlamentar, Empreendedora Social, Líder Feminina e Palestrante
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