Prezados leitores e eleitores, hoje vamos tratar de um assunto que vem sendo discutido em vários segmentos da sociedade civil, estamos falando de uma via alternativa para as eleições presidenciais de 22, onde por enquanto temos visto o acirramento entre duas vertentes diametralmente opostas mas que como extremos acabam se atraindo e se retroalimentando.
Explicando melhor, até agora temos uma polarização política entre os ditos extremos, Lula representando o pensamento de uma esquerda radical e ultrapassada e do outro lado Bolsonaro igualmente radical que representa uma pseudo direita radical que flerta abertamente com modelos do passado como o Nazismo e o Fascismo.
Para subsistirem um precisa da existência do outro, além disso podemos perceber que ambos executam práticas semelhantes com o único intuito de se agarrar ao poder e nele permanecer. Assim, chagamos até aqui com um dilema já conhecido pelos brasileiros, votar no menos ruim, ou seja, entre o RUIM e o PÉSSIMO; o brasileiro teria que fazer a escolha de Sofia.
Creio que você leitor, assim como eu, está cansado de ficar nesse dilema, sabendo que atualmente o Brasil precisa de uma outra opção que tenha capacidade de aglutinar forças e construir um projeto para o Brasil e não um projeto de poder, onde os fins justificam os meios.
A crise institucional, moral, ética, econômica e política está aí para quem quiser enxergar; nunca o Brasil atingiu números tão ruins seja em desempregados, seja em recessão econômica, seja em aumento de brasileiros abaixo da linha da pobreza.
O Brasil segue sendo o “País do Futuro”, onde num futuro incerto e não sabido todos os seus problemas serão resolvidos, sua economia ocupará o lugar que é seu por direito e o povo finalmente terá políticas públicas, que nos colocarão num padrão de primeiro mundo.
O interessante é que escuto isso desde que eu era muito pequena, cheguei aos 64 anos sempre esperando esse “futuro” com data indefi nida e que os políticos fazem questão de adiar.
Recentemente, começamos a discutir uma Terceira Via ou Única Via para as eleições de 2022, quando um candidato sem amarras com as velhas práticas políticas, finalmente poderia ser lançado e sair vitorioso.
Esse candidato terá que ter um perfil distante dos extremos tanto à direita quanto à esquerda, deverá buscar reunir os brasileiros de norte a sul, leste a oeste com um projeto de país, onde governe para todos e não para segmentos da sociedade; terá que ter postura de estadista, capacidade de aglutinar pessoas capazes de ajudá-lo a estruturar a economia e a política, visando a recuperação econômica, a redução das desigualdades e o fomento de uma estrutura política mais transparente, proba e que pense nas questões urgentes que o país tem que retomar.
Extremamente necessário que o próximo Presidente, consiga realizar uma gestão moderna, onde as boas práticas sejam incentivadas e cobradas e seja instalada a cultura de compliance, onde se crie uma mentalidade em que os funcionários públicos, de qualquer esfera, entendam que são prestadores de serviços para a população, que entendam que o dinheiro público não é dinheiro de ninguém e sim é dinheiro oriundo dos impostos pagos pelos cidadãos e que, são esses mesmos cidadãos que sustentam os gastos da administração pública e pagam seus salários.
Assim, deixo para vocês a missão de refletir e buscar apoiar essa Terceira Via ou Via Única, como a última chance que temos de tirar o Brasil desse lamaçal de corrupção e desmandos, que está nos mostrando a cada dia sua face mais cruel, matando milhares de cidadãos de covid, de fome, matando a dignidade e os sonhos de milhares de pessoas transformadas em miseráveis.
Os brasileiros precisam acordar para o fato de que os políticos em qualquer nível, são colocados no poder pelos eleitores através do seu voto; então mais do que nunca é necessário que a próxima escolha seja realmente diferente.
Temos que parar de vender votos, aceitar a corrupção como inevitável, de achar que todo político é igual. NÃO, não é.
Não basta defender as boas práticas, a honestidade, a probidade, a transparência; é preciso praticá-las no seu dia a dia e buscar candidatos que também as pratiquem. Ser cidadão, não é apenas votar em tempos de eleições, é assumir o controle social e fiscalizar os eleitos durante seu mandato, afinal não se coloca a raposa para tomar conta do galinheiro.
Lembre-se caro eleitor, o destino do Brasil, em 2022, dependerá de nossas escolhas. Não se conforme em ficar preso em uma escolha entre o RUIM e o PÉSSIMO. Pense que você está andando e encontrou duas estradas esburacadas porém conhecidas mas aparece no seu GPS, uma alternativa asfaltada mas desconhecida. A escolha é sua, a responsabilidade também.
Por Narli Resende-Historiadora, ativista membro do Mov. CCC
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