A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Assembleia Legislativa, aprovou, nesta terça-feira (24), o projeto do Deputado Delegado Francischini que pretende dar mais eficácia à campanha de imunização contra a Covid. A proposta trata sobre a aplicação de dose periódica para completar a imunização no Paraná e acompanha o debate crescente sobre a necessidade da terceira dose.
“É o Paraná saindo na frente em uma questão tão importante e poderá ser o único estado com uma lei a esse respeito”, ponderou Francischini. Ele citou exemplos de pessoas que, após exame de anticorpos, constataram que não estariam devidamente imunizadas.
“Nos debruçamos sobre esse assunto pois temos acompanhado dados mostrando que determinados imunizantes não apresentam níveis elevados de proteção, o que acaba deixando as pessoas inseguras diante do risco de desenvolverem casos graves da doença mesmo tomando duas doses”, comentou.
O deputado ressaltou ainda a importância do reforço a grupos mais vulneráveis como profissionais da saúde e idosos. “Os primeiros encontram-se na linha de frente do combate à Covid, ficando diretamente expostos ao contágio, enquanto os segundos são os que possuem maiores chances de complicações decorrentes da contaminação, razão pela qual, justifica-se o reforço na imunização”, acrescentou o parlamentar.
A proposta recebeu elogios dos membros da Comissão. “Vejo com bons olhos por se tratar de um tema extremamente moderno e atual”, definiu o deputado Nelson Justus, relator do substitutivo que retirou a obrigatoriedade da apresentação de um exame de anticorpos para o recebimento da dose de reforço.
Pelo texto, fica definido que a terceira dose poderá ser aplicada após aprovação da Anvisa e seguindo os critérios do Plano Nacional de Imunização.
“Um projeto oportuno que vai ajudar a salvar vidas”, afirmou o deputado Homero Marchese.
Tendência crescente
O projeto deve em breve ser apreciado pelo plenário da Assembleia e está em consonância ao avanço dos estudos sobre a necessidade de reforço vacinal contra a Covid.
A gradativa queda na proteção conferida pelas vacinas contra a Covid nos mais velhos indica um cenário cada vez mais alarmante. No Estado do Rio, por exemplo, a proporção de idosos vacinados com as duas doses do imunizante entre todos os idosos mortos pela doença mais que quadruplicou em um mês e meio. Tanto que, na Ilha de Paquetá, a terceira dose já está confirmada para idosos no próximo domingo.
Em São Paulo teve início um estudo inédito para avaliar a necessidade de uma terceira dose de vacinas para quem tomou duas doses da CoronaVac. A pesquisa conta com 1.200 voluntários e é conduzida pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
A Anvisa também já havia pedido informações à Pfizer após a agência reguladora dos Estados Unidos (FDA) autorizar a aplicação emergencial de uma terceira dose do imunizante para transplantados e pessoas com problemas no sistema imune, a informações à farmacêutica.
A Pfizer começou os testes clínicos para verificar segurança e eficácia da terceira dose no dia 19 de julho, com 10 mil voluntários no mundo, incluindo 885 brasileiros.
Fonte: Gabinete do Deputado Estadual Fernando Francischini
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