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Alquimia do Ser


Meus queridos,


Hoje na coluna Alquimia do Ser temos a estreia da sala de Bem estar Saúde com Vida que leva os profissionais até ao conforto do seu lar para desvendar o que os conhecimentos antigos podem vir a ajudar nessa Pandemia.


Questiono a todos vocês: Porque será que se espera a doença, como a COVID, atualmente, para se pensar em Saúde?


Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS): A saúde não é apenas a ausência de doenças. Mas um bem estar em nível físico- corporal, mental- emocional, espiritual- humano em Alquimia ao nosso Ser.


Good News! Trago uma boa notícia que desde já como alquimistas contemporâneos todos nós, como Seres de Luz despertos, eu e você podemos vir a realizar práticas preventivas diárias ao transformar o coletivo para construir uma Saúde com Vida Sustentável nessa Pandemia. Hoje em nossa sala de bem estar Saúde com Vida Dr. Márcio Leite, Médico Homeopata com formação em Clinica médica, Analista Junguiano e Escritor ficcionista com vários livros publicados.


1- Dr. Marcio, seja bem vindo em nossa sala de bem estar e aquela pergunta típica de psicólogo: Quem é Marcio Leite?

- Em primeiro lugar eu me sinto bem, muito bem, em estar aqui com vocês. Estou realmente numa sala de bem estar. Estou bem tranquilo. É um grande prazer falar com todos. Você poderia começar com uma pergunta mais fácil, Carla. Mas, você começou com a pergunta mais difícil: Quem é Marcio Leite? Eu venho a 64 anos tentando responder essa pergunta. Durante muitos anos eu mantive na minha página da face os dizeres (aquela página que a gente coloca algumas palavras, alguns pensamentos iniciais) Eu coloquei assim: Um homem em busca de coerência. Eu acho que recentemente eu retirei isso, não sei se eu coloquei outra coisa. Não estou bem lembrado. Mas, é exatamente isso que eu sou: um homem em busca de coerência. Um pesquisador autodidata, um pensador, alguém que não se contenta com a verdade que está aí nos livros ou que nossos professores nos passam. Alguém que vai além na sua curiosidade, no seu otimismo de ver e encarar a vida buscando uma compreensão da existência: como um médico buscando ajudar... e para ajudar eu entendo que eu preciso entender a Alma Humana e para conhecer a Alma do Outro eu preciso começar pela minha. Então, na realidade eu sou esse cara aí, um homem em busca de coerência tentando alinhar aquilo que pensa a sua própria ideia, aquilo que o move e a forma como age. Pensamento, ação e sentimento transformando numa forma mais linear, mas integral dentro de sua vida: Eu sou esse cara aí que está buscando se conhecer e conhecer o outro.


Aí, questiono:

2- Como você compreende a medicina preventiva e a importância dela, nessa pandemia?

- A Medicina Preventiva é importante não só numa situação de Pandemia, nós estamos vivendo agora essa pandemia que está nos trazendo um entendimento maior sobre nós mesmos, na realidade vai ficar um grande legado, uma grande lição, essas perdas que nos estamos tendo tem um significado, nos precisamos mergulhar nesse significado para poder entender e quem sabe até prevenir outras no futuro, outras epidemias. É muito importante que a gente compreenda que a prevenção vem apartir de nós mesmos, ela sai a partir de nós mesmos. Hoje a gente pensa muito em termo de alimentação, em termos de condições de vida, qualidade de vida, de trabalho, o ar ambiente, poluição, a gente pensa em prevenção de várias maneiras: morar bem, viver bem, evitar conflitos, evitar emoções negativas. Nós precisamos ampliar essa questão da prevenção. A prevenção não é somente você respirar um bom ar ou comer um bom alimento. Isso é importante, isso faz parte, mas, é preciso entender que a prevenção vem apartir do nosso mental e do nosso emocional, nós temos que envolver a nossa totalidade: então, um homem deve pensar bem, evitar os pensamentos ruins, o homem deve agir de forma correta, andar em retidão, isso parece coisa religiosa, mas, não é religiosa. Isso é algo prático na vida. Pensar bem, um bom pensar, um bom imaginar, desejar o bem, caminhar em direção ao bem, fazer de sua vida um canteiro de boas obras, isso é prevenção. Hoje eu entendo o que é prevenção como algo muito mais amplo que os médicos costumam colocar: claro, que o alimento é importante, o ar que a gente respira é importante. Mas, o convívio é importante, evitar as emoções negativas, as relações tóxicas. Enfim, viver com qualidade, ser autêntico consigo mesmo, para isso a gente precisa se conhecer, ser honesto consigo mesmo, isso a gente precisa ir profundamente dentro de nós mesmos, para que a gente possa agir com prevenção. Ah! A pandemia é uma conseqüência no meu entendimento, de uma sociedade que está bastante enferma, está muito adoecida, uma cultura que está adoecida e precisa encontrar, ou re encontrar o seu caminho. Então, a pandemia: as catástrofes, os grandes cataclismas eles vem para ajustes; eu compreendo dessa maneira. Eles vêm para nos forçar a ajustes.

Então é aquela coisa da experiência negativa que traz um aprendizado positivo.

- O Caos traz uma nova ordem, eu complemento.

- Exatamente, o Caos nos traz a uma nova ordem, ou seja, uma nova ordem deve se instituir sobre a ruína de uma ordem anterior, nos precisamos muitas vezes destruir valores, valores que não são mais adaptados a um novo momento, a uma nova época, ao novo momento que a humanidade vive, nos precisamos destruir esses valores para poder ter espaço para construir novos valores e uma coisa está sempre ligada a outra, se a gente for ver, a história da humanidade, nos vamos ver que essas coisas, esses dogmas vão sendo destruídos, novos dogmas são construídos, ou vão sendo montados uns sobre os outros,que seja evolutivo, de uma forma que a gente cresça: evolua. Não é somente crescimento material, basicamente e principalmente o crescimento espiritual isso que o homem precisa fazer nesse momento é esse o convite que a Pandemia está nos fazendo nos trazer para dentro para que possamos descobrir nosso tesouro: o nosso tesouro interno, isso nos leva a uma reforma íntima, isso nos leva a ser uma pessoa melhor, nos leva a construir uma humanidade melhor.

- Rever os conceitos, eu complemento.

- Isso! Rever os conceitos, destruir dogmas que já não são apropriados e viver em função de coisas mais novas, mais evolutivas, mais modernas, princípios mais evolutivos: ou seja, nos estamos passando de uma teoria Darwiniana, antiga de competição em que se acreditava que as espécies competiam entre si, para uma época de colaboração! Mais do que simplesmente competir e se destruir mutuamente, nos podemos colaborar uns com os outros e construímos uma humanidade melhor, uma humanidade mais fraterna é isso que eu acredito ser prevenção: é você andar com seu coração limpo.


3- Na sua jornada pela medicina como surgiu esse seu interesse pela homeopatia, qual é a importância da homeopatia na nossa Vida diária, a Cotidiana?

- Sim, eu nunca fiquei satisfeito com os conceitos acadêmicos,com todo respeito, eu não os desprezo, pois eles me trouxeram até aqui, mais os conceitos acadêmicos muito rígidos, positivistas, materialistas, cartesianos, nunca me satisfizeram o coração. Nunca preencheram a minha alma. Então desde cedo que eu me lembro eu sai em busca de um entendimento do Ser Humano diferente, mais amplo, mais completo, então, isso me levou a fazer mais um curso de Pós graduação em homeopatia, porque a homeopatia tem o entendimento mais humanístico. Um Entendimento mais integral do Ser Humano levando em consideração aspectos sutis do ser como o emocional, o mental, a história biopatográfica do indivíduo. Tudo isso é levado em conta na homeopatia, a forma que o paciente reage de uma forma geral, como ele responde a estímulos emocionais, sensoriais, não somente a estímulos ambientais. Como ele é como pessoa, como alma humana, qual é o seu comportamento, as suas características, como ele reage diante do clima, como ele reage diante de uma má notícia, de um susto, de um pesar. Tudo isso é importante para um homeopata. Eu via na medicina medicamentos muito agressivos que o fazia muito mais adoecer do que curar. Isso nunca me satisfez. Eu tive um exemplo uma vez, para ilustrar, eu ainda era bem jovem: quando tivemos na clinica uma velhinha com um processo de alergia. Essa alergia podia ser entendida, se eu fosse homeopata naquela época, poderia buscar um caminho totalmente diferente, mas ela tinha uma alergia, foi atendida por mim, eu receitei um antialérgico, um convencional, um corticóide, porque ela estava cheia de coceirinhas e coisinhas na pele. Ela tomou, não teve uma grande melhora, voltou para outro plantão, nessa época eu trabalhava numa clínica aqui em Salvador. Ela foi em um outro colega, ele falou o tratamento é esse mesmo, trocou seis por meia dúzia, receitou outro remédio histamínico, essa velhinha continuou tomando foi em outro médico esse reforçou passou um corticóide para ela. Enfim, o processo dela não foi compreendido, ela não obteve uma melhora, ela ficou tomando todos esses remédios juntos de forma desnecessária durante tempo demasiado.

Ela começou a fazer uma hemorragia digestiva, o estômago dela começou a sangrar muito. As medicações que nós não tínhamos essa ideia, nem tínhamos essa intenção, começaram a provocar uma Gastrite Erosiva, que provocaram uma hemorragia grave, ela sangrando muito, precisou ficar internada, a tomar sangue, porque o sangramento foi bastante e ao final, se tentou, se fez endoscopia, com todos os recursos que a gente tinha, isso já se faz 40 anos, fazemos uma endoscopia com a aplicação de soro gelado para provocar uma constrição das pequenas veias, para ver se parava de sangrar o estômago, se injetou adrenalina pois não se via nenhuma melhora. Enfim, a velhinha parou numa mesa de cirurgia, não parava de sangrar, e o estômago foi retirado. Aquilo me doeu na Alma, sabe? Me doeu profundamente, como é que se pratica uma Arte de Curar que você não só não resolve uma questão, mais provoca outra mais grave. Claro, o tratamento estava correto era aquilo que deveria ser feito. Estava dentro dos manuais, nós tínhamos que usar um anti-histamínico, como ele não resolveu passamos a um corticóide, que é um inibidor da alergia mais potente. Enfim, segundo aos manuais nós estávamos fazendo “tudo certo”, mas, o tudo certo dessa medicina contemporânea, dessa medicina que está aí.

- Essa medicina contemporânea é muita “remedi ativa”, eu complemento.

- E nem sempre ela remedia, às vezes, nem sempre remedia com cria heterogenia, o adoecer o indivíduo, a gente provocar um mal que não se pretende provocar e nesse caso um mal muito grave: ela acabou perdendo o estômago! Pois ele não parou mais de sangrar. Se a gente for olhar o desmembramento disso: como ela foi viver sem o estômago? E os processos digestivos, toda essa complicação que ela haveria a ter depois? Isso é muito doloroso, isso é um exemplo que eu gosto de citar para que as pessoas possam entender, quando foi que eu mudei de caminho, quando foi que eu fui buscar outras coisas. Mas, eu nunca abandonei meu exercício de medicina.


4- Mas, o que seria essa medicina da homeopatia para as pessoas entenderem melhor?

A homeopatia é uma modalidade de tratamento, é uma medicina humanista integral que tem medicamentos que não fazem nenhum mal, podem em alguns casos ter efeitos colaterais e induzir sintomas, mas não são os efeitos colaterais que a gente ver por aí. Na homeopatia são remédios que vem da natureza, são dinamizados, ou seja são potencializados por técnicas próprias de diluição e agitação. Cada etapa segundo as escalas homeopáticas, o medicamento é diluído e agitado, como num processo de despertar da energia daquela substância, que pode ser de origem animal, vegetal ou mineral. O pilar básico da homeopatia é a principio do semelhante ou seja, explicando para que as pessoas possam compreender, é necessário fazer uma transmigração de racionalidade da medicina convencional para a homeopatia o princípio é o semelhante cura o semelhante, ou seja, aquele medicamento potencializado e dinamizado, ele não é ponderal, ele não é químico como a gente entende ele passou por todo esse processo. Aquele medicamento de determinado cortejo de sintomas em experimentadores sadios. Podem curar os mesmos sintomas, naqueles que representam aquele cortejo sintomático como doença natural, ou seja, o medicamento cura o que aquilo ele mesmo, provoca. Ele não é capaz de curar aquilo que ele não provoca. Então, hoje existe mais de 3000 medicamentos homeopáticos que a gente traça com as experimentações que a gente chama de patogenesias e se traça uma imagem do medicamento compila todos os sintomas que ele é capaz de provocar em diferentes experimentadores aí a gente tem uma imagem desse medicamento, Aí quando o paciente chega ao consultório com uma doença que se assemelha a essa imagem ou alguma dessas imagens que assemelham esse medicamento a imagem mais próxima é a que provavelmente vai trazer a cura para aquele paciente. A cura se pretende que seja profunda e não paliativa com os medicamentos homeopáticos: eles só paliam não curam nada. O que se cura, atualmente, em medicina alopática são as doenças que são espontaneamente curadas. A gente tem uma gripe, tem vários remédios para esse caso, medicação para a coriza você usa um descongestionante nasal, você acredita que está curando, mais você só está subtraindo um sintoma daquela pessoa. Curar ela da gripe só quem vai fazer isso é o organismo dela. A resposta é imune ao organismo.


5- Como o Doutor vê essa mudança de paradigma de uma visão de medicina ocidental “remedi ativa” para uma visão oriental preventiva. Plantar uma sementinha, esperar a mantendo viva, para mais tarde se ver esse resultado. Como o Doutor vê isso?


Se você, meu leitor ou leitora aqui da Alkimia do Ser ficou curiosa para saber a resposta de mais essa pergunta da entrevista com o homeopata, analista junguiano e escritor ficcionista fiquem ligado no Jornal do Juveve que na próxima semana tem mais do Dr. Marcio Leite. Contato para marcar consultas: 71 9127-5775 (whatsapp)


Texto Carla Ramos

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