“Acreditamos que o fato de as pessoas estarem mais em casa, respeitando as medidas de isolamento social contra a pandemia do novo coronavírus, possa ter contribuído com o aumento da procura pela adoção de animais”, sugere. Edson Evaristo - Diretor de Pesquisa e Conservação da Fauna da Secretaria Municipal do Meio Ambiente
Foto: Divulgação
O último fim de semana foi agitado no Centro de Referência para Animais em Situação de Risco (Crar) da Prefeitura, na CIC. Cinco animais resgatados e que viviam por lá ganharam novas famílias e novos lares.
De fato, a quarentena teve esse efeito em outros países. Abrigos de animais nos Estados Unidos ostentaram nas redes sociais fotos de seus canis vazios. “E as nossas ONGs parceiras também registram maior movimento”, completa Evaristo.
A protetora de animais Maria Claudinéia de Matos diz não ter números, mas percebe uma procura maior das famílias pela companhia de um animal. “Pode ser porque elas têm mais tempo para pensar e tomar a decisão que demanda bastante responsabilidade”, acredita.
Maria Claudinéia trabalha há oito anos pelo bem-estar dos animais na cidade - são mais de 40 sob sua responsabilidade - alguns em hotéis e outros em sua casa. Hoje ela faz lar temporário para quatro cães resgatados pela ambulância da Rede de Proteção Animal, que atende animais atropelados em via pública.
“Eram quatro até o último fim de semana, mas conseguimos um tutor para a Aninha, que teve uma perna amputada em razão de um atropelamento”, conta.
Pandemia foi oportunidade
Para a designer Thais Charello Rudnik, o fato de estar mais tempo em casa foi, sim, decisivo para que acontecesse a adoção da Paçoca, sem raça definida. “Sempre tive cachorro na casa dos meus pais e sentia muita falta depois que casei e saí de lá, mas acreditava que o animal não seria feliz em apartamento e adiava a adoção”, lembra.
Adulta e à espera de uma família desde 2016, Paçoca estava sob os cuidados da ONG Aufamigos, em um lar temporário em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana.
“A experiência tem sido maravilhosa, recomendo a adoção nesse momento em que estamos vivendo”, avalia Thaís. “Ela é calma, não destrói nada, é companheira e comportada. Faz as 'necessidades' só lá fora e dorme super quietinha.”
Pensando em adotar?
O Crar funciona todos os dias, como centro permanente de adoção, das 9h30 às 12h e das 13h30 às 15h30, na Rua Lodovico Kaminski, 1.381 – CIC. Lá estão os cães e gatos resgatados em ações de fiscalização e pela ambulância da Proteção Animal.
Na página da Rede no Facebook, é possível ver as fotos de alguns disponíveis. São cerca de 30 aptos para adoção, todos são castrados, vacinados, desverminados e microchipados, prontos para receber os dados do novo tutor.
Quem tiver dúvidas, pode contar com a orientação dos veterinários de plantão para falar sobre porte e temperamento, conforme a característica de cada espaço e família.
O agendamento para conhecer os animais pode ser feito pelo telefone 41 99963-0233.
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