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Abrigos da Prefeitura têm recorde de atendimento na noite mais gelada do ano

Desde o início da pandemia na cidade, em março de 2020, a média diária de acolhimento nas unidades oficiais da Prefeitura tem sido de 800 pessoas, mas com a chegada do frio este número passa de 1.000 diariamente


Foto: Luiz Costa/SMCS

Os abrigos da Prefeitura voltaram a registrar recorde de atendimento na noite desta terça-feira (29/6), a mais fria do ano, quando a temperatura mínima chegou a -1 grau, com sensação térmica de - 4. Durante toda a noite, 1.090 pessoas foram acolhidas nas unidades mantidas pela Fundação de Ação Social (FAS) para proteger a população em situação de rua do frio intenso.


O número é maior do que o registrado na noite desta segunda-feira (28/6), quando 1.088 pessoas foram abrigadas pela Prefeitura, o recorde até então.

Muitas das pessoas atendidas nesta terça-feira procuraram o serviço espontaneamente.


Foram 287 registros nas casas de passagem onde o atendimento é feito sem a necessidade de encaminhamento das equipes técnicas.


Outras 311 pessoas foram encontradas pelas equipes da FAS nas ruas e levadas para os acolhimentos, onde podem dormir em camas, tomar banho quente, receber roupas limpas e se alimentar.


As demais pessoas abrigadas durante a noite já são atendidas diariamente nas unidades do município.


Recusas

Mesmo com o recorde de acolhimento, os abrigos da Prefeitura ficaram com 545 vagas desocupadas durante a noite. Nesta Ação Inverno, Curitiba conta com 1.635 vagas para acolhimento de pessoas em situação de rua.


O frio congelante e a oferta de abrigo não garantiram que 76 pessoas aceitassem ir com as equipes da FAS para os acolhimentos. Oito delas receberam cobertores para que pudessem se aquecer.


O presidente da FAS, Fabiano Vilaruel, explica que nos dias mais frios, as equipes da FAS monitoram as pessoas que recusam acolhimento, principalmente aquelas que possuem problemas de saúde.


“Nossas equipes conhecem as pessoas em situação de rua e sabem quem precisa de maiores cuidados. Nesses casos, os educadores sociais costumam fazer várias abordagens sociais durante a noite para garantir que não haja o risco de hipotermia”, diz.


Balanço

Durante a noite, a FAS realizou 478 abordagens sociais, 260 delas solicitadas à Central 156, e as demais durante o chamado roteiro de busca, quando as equipes saem às ruas à procura de pessoas desabrigadas. Em 68 situações, as equipes estiveram nos endereços indicados, mas já não havia ninguém no local.


As equipes fizeram ainda o retorno de uma pessoa que já é acolhida pelo município, mas estava fora da unidade, e outra foi levada para casa depois de conversar com os educadores sociais.


Por causa do estado de saúde, uma pessoa foi encaminhada para atendimento médico e duas foram acolhidas em unidades de isolamento por apresentarem sintomas gripais. Seis situações envolveram menores de idade, em uma delas a FAS fez o acolhimento e nas outras cinco, foi acionado o Conselho Tutelar.


Ação ampliada

Com a queda das temperaturas durante toda a semana, a FAS ampliou em duas horas a ação intensificada para abordagem social e encaminhamento de pessoas desabrigadas para os acolhimentos. Desde a noite do último domingo, o trabalho passou a ser feito das 18h às 24h, quando as equipes percorrem a cidade em busca de pessoas em situação de risco.


Desde o início da Ação Inverno, em 15 de abril, a ação intensificada acontecia das 18h às 22h, sempre que as temperaturas são iguais ou menores a 9 graus. Nos demais horários, o trabalho segue o cronograma de rotina orientado pela Central de Encaminhamento Social, que atende as demandas de toda a cidade 24 horas por dia.


Outra medida adotada, segundo Vilaruel, foi a implantação de roteiros de busca durante o dia em toda a cidade. A FAS manterá as ações intensificadas todas as noites em que houver previsão de temperaturas iguais ou abaixo de 9 graus. De acordo com o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), as temperaturas mínimas ficarão entre 6 e 9 graus até pelo menos o próximo domingo (4/7).


População pode ajudar

A população também pode ajudar a proteger as pessoas em situação de rua. Caso veja alguma delas protegida, ligue para 156 ou acesse o aplicativo Curitiba 156.


Fonte: PMC

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