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A POSTURA DO GOVERNO FRENTE A GREVE DE FOME DOS PROFESSORES NO ESTADO DO PARANÁ


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A greve nasce da insatisfação de um grupo com medidas que lhes são impostas, uma das medidas mais eficazes para a conquistas de direitos. A greve de fome, por exemplo, é um ato político que consiste na paralização voluntária individual ou de grupo em prol de algum movimento ou causa.


Diante disso, podemos afirmar que iniciar uma greve também é iniciar uma luta, e é em uma luta que os professores do Estado do Paraná estão neste momento. Desde a última quinta-feira (19), professores encontram-se reivindicando seus direitos em frente ao Palácio Iguaçu, Chefia do Poder Executivo do Estado do Paraná. Eles pedem principalmente pelo fim do edital do PSS (Processo Seletivo Simplificado), que foi alterado pelo então governador do Estado do Paraná, Ratinho Jr.


Até agora o governo mostra-se irredutível para diálogo, fato este, é que uma greve de fome só se inicia a partir do momento que não existem outras formas possíveis de se solucionar os problemas de uma classe. E mesmo com a greve, não existe nenhuma sinalização de que o governo possa voltar atrás com os editas do PSS.


O que mais choca, é que o Estado olhou durante oito dias seus professores sofrerem no protesto em frente ao Palácio Iguaçu e de nada fizeram para que a situação pudesse ser revertida.


É importante citar que essa não foi a primeira vez que o Estado do Paraná tratou nossos professores como inimigos, o Centro Cívico já foi palco de vários conflitos entre educação e Estado. E ainda cresce, anúncio de fechamento de seis escolas estaduais, militarização dos colégios, e podemos ver aqueles que desmerecem a luta dos que fazem a diferença na sociedade e educam nossos jovens para que sejam os transformadores do futuro.


A título de curiosidade: nos últimos meses o número de notificações de violência infantil diminuiu, pois eram os professores os primeiros a identificar sinais nas crianças e fazerem o encaminhamento. Os nossos professores vão além do alfabetizar. E deveriam ser os primeiros a receber apoio, atenção e valorização do Estado e da sociedade.


Ontem, dia 26/11 após uma assembleia dos professores, ficou acordado que a greve de fome chegaria ao fim aqui na capital. Isso aconteceu porque os manifestantes estavam há 174 horas sem qualquer tipo de alimentação.


Sem atenção do Estado, sem diálogo e sem nenhuma indicação de mudança, os professores do Estado do Paraná seguem na luta em busca de direitos . O que nos resta é reivindicar pelos direitos junto com os nossos professores e fazer com que o Estado e as pessoas enxerguem que precisamos valorizar a educação e não tratar nossos profissionais como inimigos. Esse artigo, além de informar, traz a solidariedade aos professores que encontram-se neste momento, lutando por uma educação de qualidade.


Camilla Gonda- Estudante de Direito na Pontifica Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e Ciências Sociais na Universidade Federal do Paraná (UFPR)

*Os Artigos não representam necessariamente a opinião deste site



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