Novos rostos estão surgindo e uma nova geração está fazendo uma política diferente.
Pessoas querem mudar a concepção de política, da velha política, do toma lá dá cá ou do favorzinho.
Jovens que chegaram “dando chute na porta”, mostrando que a política mudou e que agora o que rege é o trabalho e a força de vontade.
A velha política está acabando. O povo está mais esclarecido, cobrando, indo às ruas, “metendo a boca no trombone”.
Nessa série de entrevistas, vamos conhecer a nova geração dos políticos paranaenses.
Marcio Barros (PSD)
Márcio Barros, 48 anos e Jornalista, especialista em Gestão de Políticas Públicas e especialista em Gestão de Segurança Pública.
Curitibano, pai de três filhos, morou mais de 40 anos no Bairro Fazendinha. Fez ensino fundamental e médio nas escolas da região. Formado em Comunicação Social - Jornalismo, trabalhou nos principais veículos de comunicação do estado. Dez anos no Jornal Tribuna do Paraná e 12 anos na Rede Massa. Nesse período conheceu todos os bairros e municípios da RMC e seus problemas.
Membro da Igreja Batista Kairós, é voluntário em diversos projetos sociais. Em 2020 Foi eleito com 3.946 votos pelo PSD.
“Velha política não tem relação com a idade. O termo está relacionado a forma de fazer política. Nestes oito meses de mandato tenho tentado fazer a diferença. Até agora tenho protocolado 19 Projetos de Lei, 11 projetos de sugestão e atos administrativos e de Gestão.
Vale lembrar que o volume é importante, mas não adianta ter muitos projetos sem relevância. Já estou com dois projetos de lei aprovados, um deles, o da Xepa da vacina, já foi sancionado pelo prefeito Rafael Greca. O outro, que atende o público autista adulto está aguardando assinatura do prefeito. Para produção desses conteúdos, foram feitos vários estudos, além disso, criei grupos temáticos de discussão.
Sempre critiquei algumas coisas do poder público. O que de certa forma é conhecido como “velha política”.
Em meu gabinete seguimos algumas regras baseadas na iniciativa privada. Transparência, economia, eficiência, funcionalidade, comprometimento, além de seguir métodos e processos e ter objetivos bem claros e definidos. No nosso dia-a-dia cumprimos horário, temos metas de trabalho, apresentamos relatórios e tentamos ser o mais eficiente possível.
Não sou o vereador de algum bairro específico. Fiz votos em todos os colégios eleitorais. Portanto, trabalho atendendo a comunidade em todas as regionais, trabalho na produção legislativa, e nos relacionamentos políticos, que fazem com que todo o trabalho seja efetivado.
Recentemente criei o gabinete on-line, que tem sido uma ferramenta importante para atender a comunidade de forma rápida. É um QRCODE, que faz com que a pessoa, que já fez contato com a prefeitura através do 156, nos passe a sua demanda e a partir de então, iniciamos a fiscalização para que seja atendida o mais rápido possível.
No mês passado, durante um Congresso que aconteceu em Brasília e reuniu mais de 1600 vereadores, ganhei o prêmio destaque nacional com o projeto de Lei que atende autistas adultos. Além disso fui nomeado superintendente da UVB (União dos Vereadores do Brasil).
Nos próximos dias serei um dos palestrantes no Congresso da Uvepar, que acontecerá em Foz do Iguaçu.
Desde menino sempre acompanhei a política local. Lembro quando tinha 10 anos de idade e colecionava os santinhos dos candidatos da época. Sempre gostei de política. Antes de fazer jornalismo, iniciei faculdade de História, pois gostava muito do tema.
Me preparei para a política durante mais de 10 anos, me qualifiquei para oferecer o melhor para população. Hoje, na Câmara de vereadores, percebo que fiz o que era certo. Percebo a importância do conhecimento e da qualificação para vereadores.
Sempre acreditei que o jornalismo é uma ferramenta para a transformação social, fiz isso em toda minha carreira, e agora na política, esse entendimento só aumenta, e me entendo como um ator nessa transformação.
Está mudando aos poucos. Hoje as pessoas acompanham um pouco mais de perto a situações políticas. Hoje a maioria das pessoas sabe quem é o Vice Presidente da República, quem são os ministros do STF, quem são os Deputados, Senadores, os Vereadores. Mas ainda temos um longo caminho pela frente.
Ainda há um longo caminho pela frente e o primeiro passo é qualificar eleitores para que sejam exigentes, que se aproximem da política e acompanhem o trabalho das pessoas que eles escolhem para representá-los.
Quando uma pessoa vai no mercado comprar café, ela pára, olha o preço, olha as marcas, escolhe o sabor e assim por diante. Na política, as vezes isso não acontece. Infelizmente alguns eleitores ainda não se preocupam com esse momento de escolha e decidem o seu voto quando estão na fila do colégio eleitoral. Ou pior, quando pegam algum panfleto jogado no chão. Além de não analisar o candidato, escolhe justamente aquele que suja a nossa cidade.
Sempre acreditei que a qualificação é fundamental. Precisamos de políticos qualificados, e eleitores exigentes.
Como eu disse, a nova geração de políticos está mais “ligada” a renovação do que a idade das pessoas.
Eu acredito na mudança. Na Câmara de Vereadores de Curitiba, por exemplo, tivemos uma mudança de 47%. Essa nova configuração do legislativo municipal tem proporcionado debates mais elaborados, mais ações, e de certa forma, isso exige que os mais velhos, que já estão na casa há mais tempo, busque a qualificação também.
Não basta ter a juventude e fazer as mesmas coisas que os antigos faziam. É preciso transformação de ideias e ações.”
Comments