A LÓGICA MISÓGINA ATUA EM NOME DE QUEM?
- Jornal do Juvevê
- 23 de abr. de 2021
- 1 min de leitura

Foi aprovado no Senado, projeto de lei que prevê multa para empresas que pagarem salários desiguais entre homens e mulheres na mesma função. O projeto estava aguardando sanção presidencial.
Um projeto que para muitos se apresenta como um marco importante na luta e conquistas de direitos das mulheres, para o presidente Jair Messias Bolsonaro é “dificultar a contratação feminina”.
Concordando ou não com o presidente, há de se falar sobre a misoginia nessa colocação. Em média, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mulheres recebem 77,7% da remuneração dos homens.
Existe uma discriminação no que tange o trabalho quando este vem de uma mulher, isso é nítido. Mais nítido ainda, é que a PL proposta visa diminuir tais desigualdades sociais que as mulheres são expostas diariamente.
A senadora Simone Tebet apontou tal discriminação como sendo “Vergonhosa, imoral e inconstitucional” e reforçou a importância de se lutar pelos direitos femininos.
Ocorre que, governados por um presidente que, por diversas vezes, já teve seu nome envolvido em polêmicas por falas desrespeitosas no que tange as mulheres, fica claro a “lógica” misógina que este tenta explanar em sua fala.
Assim, reforço a importância de mulheres em espaços de poder, quando legislamos sobre nós mesmas conseguimos propor projetos de grande valor social. Além disso, é sempre relevante lembrar sobre a importância de se lutar contra a desigualdade.
Camilla Gonda. Acadêmica de Direito pela PUCPR e Ciências Sociais pela UFPR. Pesquisadora em Ciência Política pela UFPR.
Comentários