A CPI DA PANDEMIA E O DESCASO ESCANCARADO
- Jornal do Juvevê
- 30 de abr. de 2021
- 2 min de leitura

A CPI da pandemia tem sido um dos grandes temas debatidos nos últimos dias, isso se dá porque essa comissão de inquérito é aquela que irá analisar a atuação do atual governo no que tange o combate à pandemia da covid-19 no Brasil.
Nesta semana os senadores que compõe a CPI já puderam ter contato com o número de ofertas formais de fornecimentos de vacinas contra a covid através de comprovação documental. Através destes documentos pôde ser observado que onze foram as ofertas formais recusadas pelo governo brasileiro.
Infelizmente, a tendência é que esses números aumentem uma vez que esse foi o primeiro contato com dados pelos senadores que compõe a CPI, assim podemos nos preparar para os próximos passos e descobertas.
Atualmente, cerca de 41 milhões de pessoas foram vacinadas em solo brasileiro, número que é extremamente baixo e lento levando em consideração que somamos mais de 212 milhões de brasileiros.
Sem doses, a covid apenas avança e o Brasil vira terreno para facilitar a criação de novas cepas da covid-19, assim como aumentar o número de brasileiros mortos pela doença.
Ontem, 29/04 foi um infeliz dia histórico. O Brasil bateu a marca de 400 mil vidas perdidas. Analisando, podemos verificar que as mortes cresceram de maneira muito rápida sendo que 2021 já ultrapassa o número de mortes de 2020 em apenas quatro meses.
Agora analisemos, um governo que recusa vacinas na situação que o país se encontra pode ser classificado como?
A vacinação lenta, a falta de medidas de isolamento social, a falta de uso de máscaras e o negacionismo vão nos fazer chegar à 500 mil mortes de maneira muito veloz.
Em fala recente do ministro da economia, Paulo Guedes, este levantou: "Todo mundo quer viver 100 anos, 120, 130 (anos)”. Ainda afirmou que “não há capacidade de investimento para que o Estado consiga acompanhar”.
Tais colocações apenas nos fazem questionar sobre qual o direcionamento do governo no que tange a vida dos brasileiros. Então, qual seria a solução para um governo assim?
Camilla Gonda. Acadêmica de Direito pela PUCPR e Ciências Sociais pela UFPR. Pesquisadora em Ciência Política pela UFPR.
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