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A cada dois dias, uma mulher vítima da violência é atendida por guardas na CIC

Uma das formas de mudar essa cultura da violência é com conscientização, cidadania e educação, conceitos desenvolvidos pelo programa da Guarda Municipal Mirim.


Foto: Ricardo Deverson/Guarda Municipal

A cada dois dias, uma mulher é atendida por guardas municipais do núcleo da CIC vítima de agressão física, verbal ou porque o agressor descumpriu medida protetiva concedida pelo Poder Judiciário. A média leva em conta dados da corporação no primeiro semestre, que aponta para um total de 101 casos relacionados à mulher vítima de violência somente na CIC - núcleo com a maior extensão territorial.


Com o Bairro Novo, é na CIC que as equipes operacionais da GM mais fazem este tipo de atendimento, após acionamento ao telefone de emergência 153.


Para o guarda Claudemir Teixeira, que atua desde 2011 na iniciativa, o projeto é fonte de esperança entre a juventude. Sob o objetivo de propiciar formas de imergir crianças e adolescentes no desenvolvimento ativo da sociedade, as atividades também são voltadas para áreas diversas, como meio ambiente e trânsito.


“O projeto me trouxe mais satisfação profissional e pessoal, quando vejo as minhas contribuições no desenvolvimento educacional e social das crianças”, avalia. Segundo ele, os resultados são visíveis quando os estudantes tornam-se cidadãos responsáveis em busca de oportunidades.


Os agradecimentos chegam de forma espontânea. Na percepção do estudante João Victor dos Santos Mateus, de 16 anos, a GM é responsável pela instrução e cuidado na formação educacional de jovens através do incentivo profissional e de exemplos de vida.


“A importância que esse gesto representa para o meu futuro e a marca que esses atos deixaram é tão significativa que vai ficar na minha história para sempre”, comenta João Victor.


Raio-X da CIC

Da BR-277, passando pelo primeiro conjunto habitacional de Curitiba - a Vila Nossa Senhora da Luz dos Pinhais - até o limite com o Tatuquara. De olho na proteção do cidadão, o núcleo da GM na CIC se destaca pela presença nos eixos comerciais ao longo das vias Eduardo Sprada, Cid Campêlo e Raul Pompéia, por ações integradas com a Fundação de Ação Social (FAS) para atendimento a pessoas em situação de vulnerabilidade social e pelo monitoramento de áreas inativas propensas a invasões: foram sete tentativas desde o início do ano, além de quatro ocupações irregulares.


Situações de apoio ao cidadão marcam a memória dos guardas. Uma delas ocorreu em janeiro de 2020, quando um rapaz foi encontrado desorientado, sem saber indicar onde morava. Enquanto o socorro médico era chamado, os guardas fizeram contato com a família tendo, na sequência, até ajudado no deslocamento dos pais do rapaz até o hospital.


No primeiro semestre deste ano, os guardas da CIC atenderam a outros 284 casos de apoios diversos - um a cada 15 horas. Foram 134 abordagens no período, que teve ainda 36 registros de perturbação do sossego e 19 de queima de lixo a céu aberto.


Trânsito se destaca

Área que também se destaca no dia a dia dos guardas da CIC é o trânsito: foram 419 atendimentos de janeiro a junho.


Além das fiscalizações diversas, houve 17 situações de direção perigosa, conduta que aumenta o risco de fatalidades no trânsito, e mais 46 atendimentos a locais com acidente, prestando apoio aos envolvidos, fazendo a sinalização adequada e orientando os demais motoristas. Três motoristas foram flagrados dirigindo sob efeito de álcool e uma disputa de corrida (racha) foi interrompida.


Dos 104 flagrantes a crimes diversos, a principal situação - 37 registros - foi por tráfico de drogas. Entre os mais inusitados esteve um flagrante de pichação em um viaduto no mês de janeiro, no qual os envolvidos estavam munidos de capacetes e coletes refletivos.

Também é na CIC que fica o Centro de Formação e Desenvolvimento Profissional da Guarda Municipal, responsável pelo planejamento e promoção das atividades de capacitação inicial do servidor que ingressa por concurso público, pelo aperfeiçoamento e especialização dos demais guardas.


Memória

Atual chefe do núcleo CIC da GM, Álvaro José Ditzel acompanha a evolução dos trabalhos na corporação há três décadas. “Eu entrei na Guarda em janeiro de 1990, sem uniforme, e trabalhei em escolas durante um ano e meio. Depois disso, tínhamos que repassar o armamento e o colete balístico para companheiros, pois não tinha para todos”, descreve.


Segundo ele, a guarda evoluiu a partir das melhorias promovidas pela Prefeitura e também dentro da própria GM, com atualização dos modelos de atuação e estratégias internas. Com a compra de armamentos e coletes individuais, bicicletas e motocicletas para patrulhamento, a Guarda ganhou forma. Com o tempo, vieram melhores salário, criação de novos cargos e ambientes de trabalho novos ou reformados.


“Tivemos e temos melhorias para o bom desempenho da função e bom relacionamento com as demais forças de segurança. Hoje somos reconhecidos pelos vários serviços prestados à população de Curitiba nas diversas áreas”, complementa Ditzel.


Fonte: PMC

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